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sexta-feira, abril 01, 2011

Há seis anos não nascem mais crianças na terra natal de Vanessa da Mata

A saúde pública em Mato Grosso chega a um nível tão complicado de precariedade ao ponto de estar interferindo na história do município de Alto Garças, região do Araguaia, terra natal da cantora Vanessa da Mata. Por falta hospital, há seis anos não nascem novos alto-garcenses. As grávidas são obrigadas a ter seus filhos em outras cidades. Enquanto isso, uma obra que começou a ser edificada para ser o hospital de Alto Garças está paralisada desde 2004.

Anos atrás a Secretaria Estadual de Saúde chegou a liberar 1 milhão de reais para a Prefeitura do município fazer reformar e equipar a Associação Hospitalar Cristo Rei. Porém, por decisão do prefeito à época, Roland Trentini (DEM), e que hoje ocupa novamente o cargo, o dinheiro foi usado para dar início à construção de um Pronto Atendimento. Ou seja, um serviço de urgência e emergência, que na realidade não seria a prioridade para a população, mas, sim, novos leitos de retaguarda até porque num cidade pequena como Alto Garças, os casos de urgência são bem menores do que os eletivos.

Resultado: a Prefeitura não deu conta de terminar a obra. O Governo do Estado liberou mais 750 mil, por meio do Fundo Estadual de Saúde, para que a obra seja reiniciada, mas esta verba também não será suficiente para colocar o Pronto Atendimento em funcionamento. Técnicos da Secretaria Estadual de Saúde apontam a necessidade de pelo menos 2 milhões e meio para concluir a obra. E provavelmente o município não terá como entrar com a contrapartida.

Roland Trentini foi responsável pelo fechamento do único hospital da cidade nos últimos meses da sua primeira gestão.  A Sociedade Hospitalar Cristo Redendor funcionou durante 40 anos. Ele exigiu do governo a construção de um novo prédio. Contudo tão logo as obras começaram, em agosto de 2004, suspendeu os repasses de recursos ao antigo hospital, levando ao seu fechamento. Com a crise do agronegócio durante os anos de 2005, 2006 e parte de 2007 a obra teve poucos avanços e continua até hoje na mesma situação.

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