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segunda-feira, fevereiro 04, 2019

Papo Político

1 – SENHORES E SENHORAS,
conforme publicado ontem pelo A TRIBUNA, o deputado Eduardo Botelho (DEM) foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa, com 20 votos a favor, 03 contra e uma abstenção dos deputados, após a cerimônia de posse para o biênio 2019-2021, pela chapa “Experiência e Seriedade”. Para a primeira vice-presidência foi eleita a deputada Janaína Riva (MDB), 2º vice-presidente o deputado João Batista (PROS), primeiro-secretário o deputado Max Russi (PSB), 2º secretário o deputado Valdir Barranco (PT), 3º secretário o deputado Valmir Moretto (PRB) e 4º secretário o deputado Paulo Araújo (PP). Na avaliação do Colunista, a chapa pode ser nova, mas seus membros principais são antigos, como o próprio presidente eleito, que agora em segundo mandato continua no poder. Lembrando aqui que o ex-deputado estadual José Riva ficou mais de 20 anos no poder da Assembleia Legislativa e deixou à vida pública respondendo a mais de cem processos, entre eles alguns com condenações. O segundo mandato de Botelho pode marcar o início de perpetuação no poder, numa época em que a população clama por mudanças na vida pública. Sabemos que o papel do parlamento é posicionamento nas ações do poder executivo, pois seus membros são representantes da população. Agora, o novo presidente, que é do mesmo partido do governador Mauro Mendes (Dem), será mesmo que irá se posicionar como se deve ou a AL será mais um puxadinho do Palácio Paiaguás? É esperar para ver.Selma Arruda: “Agora na posse do cargo de senadora, se fortalece para defender a sua permanência e tudo poderá acabar em pizza, ou chimarrão, como sempre vem acontecendo…”

2 – OS NOVOS
senadores Selma Arruda (PSL) e Jayme Campos (DEM), foram empossados também na sexta-feira (1º). Juntos com o senador Wellington Fagundes (PR), eleito em 2014 para concluir o mandato em 2022, completam agora a bancada de Mato Grosso no Senado. A grande dúvida que fica é se a dra Selma continuará ou não no Congresso Nacional. Conforme publicado com exclusividade pelo jornal A TRIBUNA, caso a senadora eleita e agora empossada, seja cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e a decisão confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), poderá ocorrer novas eleições em Mato Grosso para suprir a vaga do Estado no Senado Federal. A análise foi feita pelo advogado eleitoralista Maurício Castilho, a pedido da reportagem. Mas na opinião do Colunista, agora já na posse do cargo, Selma se fortalece para defender a sua permanência e tudo poderá acabar em pizza ou chimarrão. Esse processo levará muito tempo para ser concluído e, se ela for realmente condenada por praticar caixa 2 nas últimas eleições, já estará em final de mandato. Isto por conta da morosidade das leis brasileiras. Exemplo está bem presente, com o caso do então senador José Medeiros, hoje deputado federal empossado, que perdeu o seu mandato mas acabou o concluindo no último dia 31 de dezembro.

3 – DEPOIS
de 16 anos de vida pública, no último dia 31 de dezembro o ex-senador Blairo Maggi (PP) concluiu o mandato de oito anos e deixou a vida pública. Pelo menos por enquanto. Ele agradeceu o apoio recebido nesse período, reafirmou que voltará às atividades na iniciativa privada e lembrou que ainda está cumprindo quarentena após ter deixado o cargo de ministro da Agricultura. Blairo diz que seguirá na condição de acionista das empresas bilionárias as quais faz parte. Maggi ingressou na política em Rondonópolis, no ano de 1994, como suplente do senador Jonas Pinheiro, já falecido. Foi eleito governador em 2002 pelo PPS e reeleito em 2006, já filiado ao PR, mesmo após os escândalos das máquinas em seu primeiro governo. Em 2010 conquistou uma cadeira no Senado e, em maio de 2016, aderiu ao PP e assumiu o Ministério da Agricultura do Governo Michel Temer (MDB).

4 – NO DOMINGO
passado, falamos que o senador Wellington Fagundes (PR), derrotado ao governo estadual nas últimas eleições, estaria sendo chamado de um verdadeiro ninja na busca por cargos de confiança a seus afilhados políticos, e que enquanto isso, na luta por poucos cargos federais conduzidos por matogrossenses, a ex-deputada federal e ex-secretária estadual do Turismo, Teté Bezerra (MDB), esposa do único federal reeleito Carlos Bezerra (MDB), que presidia a Embratur desde maio do ano passado e tinha a favor uma campanha de empresários do trade turístico de alguns estados, inclusive com um manifesto público pela sua permanência, acabou mesmo não conseguindo permanecer no cargo, no mandato do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL).

AINDA
sobre o senador Wellington, este foi avião até na hora de escolher o seu novo gabinete no Senado Federal. Ele que tem mais quatro anos de mandato, aproveitou a despedida de Blairo e deixou o seu gabinete e se mudou para onde estava o ex-governador e ex-ministro da Agricultura. Já Selma Arruda ficou com o gabinete 15, da Ala Teotônio Vilela, onde atuava a ex-senadora baiana Lídice da Mata (PSB). O ex-prefeito de Várzea Grande e ex-governador Jayme Campos passa a ocupar o gabinete nove, que estava com o colega do DEM, José Agripino Maia (RN), na Ala Afonso Arinos, em frente ao gabinete 11, que foi usado pelo próprio Jayme quando do seu primeiro mandato no Congresso, de 2007 a 2014.

6 – A QUINTA-FEIRA (31)
não marcou apenas a despedida de Blairo Meggi do Congresso, mas o fim do mandato de sete da bancada de Mato Grosso na Câmara, mas alguns deles, mesmo recebendo o gordo salário de R$ 33,7 mil até o último dia, nem estavam mais pisando os pés na Câmara Federal. Limparam as gavetas desde o mês passado, logo após a maioria passar pela reprovação nas urnas. Deixam o Congresso o deputado federal Adilton Sachetti (PRB), Ezequiel Fonseca (PP), Valtenir Pereira (MDB), Nilson Leitão (PSDB), Ságuas Moraes (PT), Victório Galli (PSL), Fábio Garcia (DEM). José Medeiros (Podemos) deixou o Senado mas foi eleito para a Câmara. Reeleito, o emedebista Carlos Bezerra permanece na Câmara. Fábio Garcia se elegeu primeiro- suplente de Jayme e carrega esperança de vir a assumir a cadeira, provisoriamente, no Senado dentro dos próximos oito anos.


roberto.nunes@atribunamt.com
Por Roberto Nunes
 

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