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quarta-feira, abril 27, 2011

TURISMO E TURISTAS ABANDONADOS EM BARRA DO GARÇAS-MT

Kalixto Guimaraes/do Araguaia
Calixto_thumb[3] Neste feriadão nacional, quem escolheu Barra do Garças, em Mato Grosso, como roteiro para passar os  quatro dias de folga da semana santa, pagou bem os seus pecados, vivendo a penitência do abandono e da falta de infraestrutura em que se encontra o setor turístico neste município e em seu entorno.

    Diante de um cenário desolador, onde, centenas de turistas completamente perdidos e sem nenhuma informação, perambulavam pelas ruas da grande Barra, em busca dos magnificos "points naturais" de visitação e lazer, existentes no encontro das águas dos rios; Araguaia e Garças, ficou explicito o descaso e a incompetência da atual administração, quanto ao desenvolvimento do turismo regional. Desde a má sinalização, com placas indicativas, orientando o acesso  para os locais de visitação,  ao precário serviço de recepção e atendimento ao público, tudo deixa a desejar. Por mais que o Sebrae e as empresas do setor, se esforçam no sentido de melhorar e dinamizar a  insípida indústria  turística de Barra do Garças e dos municípios vizinhos, propagando e ensinando que este é um dos negócios mais lucrativos do mundo, capaz de alavancar as economias dessas localidades, gerando centenas de emprego e aumentando a renda percapita da sociedade, os seus gestores públicos, parecem ignorar e continuam não dando a atenção merecida para a sua consolidação. Eles não enxergam e nem acreditam na crescente demanda internacional, cada  vez mais, focada na exuberância e nos atrativos da paisagem natural da região e que este fator, se bem explorado, pode aumentar significativamente a receita de seus municípios, pagando rapidamente, os custos dos investimentos.
    As caravanas e os diversos grupos que vieram agora, podem não mais retornar e ainda, passar adiante a decepção do passeio, contando a penitência dos buracos que enfrentaram nas estradas e a péssima recepção que tiveram no badalado pólo turistico do triângulo; Barra-Pontal e Aragarças. A sujeira na Praia do quarto crescente, a falta de segurança no banho de rio, as perigosas trilhas rumo as cachoeiras, que mesmo assim, estavam lotadas, a exemplo, da bela cachoeira do Pé da Serra, que não conta com nenhum tipo de infraestrutura e higienização, enfim, para completar o desgosto dos visitantes, foi o total fechamento dos estabelicimentos comerciais nas três cidades, na sexta feira, certamente, por ordem e decreto do Papa. Inclusive, o apertado balneário das Águas Quentes, que já passou da hora, de ter sua área ampliada. Estou certo de que, a majestosa capital italiana e centenas de outros cartões postais do turismo mundial, não fecharam as suas portas, muito pelo contrário capricharam no recebimento e atendimento de seus turistas.
    Lamentavelmente, o blá-bá-bá da parte dos prefeitos locais, para o desenvolvimento do pólo turístico do "encontro das águas," não passa mesmo da retórica política-eleitoral, os investimentos necessários, os quais, já deviam terem sido feitos, vão ficando na promessa da converssa fiada. Quem perde com isso, é a população local que poderia está ganhado mais, recepcionando melhor os milhares de turistas, ávidos em conhecer a região, porém, não se arriscam a vír a começar pela; buraqueira das rodovias, pela ponte aérea que não existe e muito mais pelo mêdo de ficarem perdidos e literalmente, no "Mato Sem Cachorro."

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