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quarta-feira, novembro 06, 2019

Justiça condena servidores da Assembleia a 15 anos de prisão e determina a devolução de R$ 3,1 milhões

O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, autor da sentença
Os servidores da Assembleia Legislativa Geraldo Lauro, Cristiano Guerino Volpato, Nasser Okde e Juracy de Brito foram condenados a 15 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro e a devolverem R$ 3,1 milhões aos cofres públicos. A decisão é do juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues e foi publicada na edição de segunda-feira (4) do Diário Oficial de Justiça.

Além deles, o magistrado também condenou os contadores José Quirino Pereira e Joel Quirino Pereira a 13 anos e quatro meses de prisão. Já o ex-gerente da Confiança Factoring, Nilson Roberto Teixeira, foi sentenciado a 11 anos e oito meses de prisão. A Confiança pertence ao bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Todos aguardarão em liberdade até o julgamento dos recursos.

Na decisão, o magistrado ainda condenou os contadores José Quirino Pereira e Joel Quirino Pereira a 13 anos e quatro meses de prisão e o ex-gerente da Confiança Factoring – pertencente ao bicheiro João Arcanjo Ribeiro, Nilson Roberto Teixeira, a 11 anos e oito meses de prisão.

As sentenças são em relação a uma investigação no âmbito da Operação Arca de Noé, desencadeada em dezembro de 2002, e que apurou o desvio de milhões de reais da Assembleia Legislativa entre 1999 de 2002, período em que a Mesa diretora era comandada pelos ex-deputados José Riva e Humberto Bosaipo, por meio da factoring de Arcanjo Ribeiro.

Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Riva e Bosaipo recorriam a empréstimos da Confiança Factoting para efetuarem pagamento de dívidas pessoais e também de campanhas eleitorais. Os empréstimos eram quitados por meio de pagamentos fraudulentos à empresas de fachadas. A fraude era realizada, de acordo com o MPE, com o suporte de Geraldo Lauro, Cristiano Guerino Volpato, Nasser Okde e Juracy de Brito.

Aos contadores José e Joel Quirino cabiam contribuir com as operações do esquema criando e regularizando as empresas “potencialmente fantasmas, para o desvio de recursos do erário, colaborando ou pelo menos aderindo aos crimes em tese de peculato perpetrados pelos servidores”. Já Nilson Roberto Teixeira foi denunciado porque era o gerente da Confiança Factoring e, portanto, conforme comprovaram documentos e testemunhas, sabia e participava diretamente das operações financeiras fraudulentas.

Fonte: O Documento

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