Autor: Ivaldo Lúcio
O Brasil á algum tempo atrás conseguiu pela força e pressão da sociedade organizada, se livrar de um regime totalitário que causou profundos traumas e enormes prejuízos a dignidade e a cidadania. Saímos da era do cassetete e entramos no regime da caneta. Antes era os militares que mandava prender agora é o Ministério Público quem escolhe aqueles que vão pro xilindró. Primeiro mandam prender para desmoralizar, depois a justiça libera por falta de provas para manter o cidadão segregado da sociedade. Esta correto esse procedimento? Há controvérsia!
Nos chamados anos de chumbo, agentes do regime discricionário, vasculhavam a vida das pessoas, bastando para isso que esse ou aquele cidadão proferisse uma simples palavra que eles entendessem como agravo aos “donos do poder”.
Um compositor, um musico, cantor ou poeta que fosse autor de uma obra, que não agradasse o sistema, era censurado, de imediato, seu trabalho não poderia ser divulgado, e sua circulação era de pronto proibido, e o autor passava a ser objeto de constante vigilância.
Passado aquele período, o Brasil entrou num clima de total euforia, onde toda a sociedade achava que a liberdade de ir e vir ou de expressão voltaria ser plena, e nada mais poderia perturbar o direito de alguém poder pensar de forma contraria as regras estabelecidas pelo novo regime político posta em pratica nessa parte do planeta.
Todos nos estávamos enganados, ou melhor, fomos enganados, o Brasil saiu da ditadura militar para entrar numa outra ditadura se farda, em outro regime discricionário, onde os agentes que agora vigiam a sociedade, e solicita por intermédio de textos bem elaborados que justiça mande prender esse ou aquele sob as mais diferentes acusações.
Os novos agentes são pessoas mais qualificadas que aqueles da ditadura militar que chegavam quebrando todo mundo na bordoada na base do cassetete. Os agentes da atualidade são sutis bem preparados intelectualmente, e acaba com o individuo na base da caneta.
Antes a uma simples desconfiança de que você poderia simpatizar com o regime comunista, eles já lhe prendiam, baixava-lhe o cacete, lhe fichava no livro de registro do Departamento de Ordem Política e Social, (DOPS), e a partir de tal registro sua vida não tinha mais qualquer tipo de privacidade, a qualquer hora e em qualquer lugar, você poderia ser preso e humilhado pior que cachorro sem dono.
Pois bem, nos dias atuais a vida de qualquer cidadão ou cidadã desse nosso Brasil, também pode passa a se tornar praticamente uma espécie de refém do sistema, de repente sua vida não é mais sua, pertence a eles já você passa a ter todos os seus movimentos monitorados e sua vida e ser devassada.
Seu telefone celular ou residencial pode ser rastreado por determinação da justiça, a ordem do Juiz tem que ser cumprida mesmo que os fundamentos que determina o ato, não sejam claros nem atenda os preceitos legais. O Juiz mandou ta mandado! Ele pode mandar revirar sua conta bancária, suas propriedades pode se tornar indisponível, sua casa pode ser vasculhada, é comum os agentes do atual sistema, carregar seus objetos de uso pessoal, se encontrar dinheiro levam também. Carregam seus livros, cadernos, agendas, computadores, em fim, levam tudo que lhe pertence sem a menor cerimônia ou consideração.
E o cidadão? Que cidadão? Bem, o individuo marcado para ser preso, nessa altura doa acontecimentos já não goza mais de cidadania alguma, ele como homem de bem não existe mais.
Se você cair numa dessas operações feita pela policia, você passa a condição de candidato a bandido, vai ser algemado, empurrado pelas costas por um agente que lhe empurra para a cachoeira, (porta malas) da viatura da policia.
Se você não quiser ser filmado para ter a cara exposta na telinha da “Venus platinada” no horário nobre, tem que cobrir a cabeça com um pano ou folha de jornal. Ai o que se pergunta é o seguinte, que democracia é essa?
Onde fica o chamado pleno estado de direito? Que direito? Essa pergunta deve ser respondida pelos senhores “paladinos, arautos da moralidade pública”, investidos no alto cargo de promotores, agente do Ministério Público que nos últimos tempos promoveram verdadeiros shows pirotécnicos, que a rigor acabaram não dando em nada, vez que na sua grande maioria aqueles que foram presos a pedido dos mesmos, foram na seqüência libertados e continuam por ai no bem bom.
De duas uma: ou o pedido de prisão feito pelo MP foi mal fundamentado, ou o cidadão que teve sua liberdade cerceada em algumas horas estava limpo e a justiça cometeu uma injustiça mandando prende-lo. Na verdade no Brasil dos nossos dias o que impera é a chamada lei do cão. Todos nos assistimos consternados a senhora Janete Riva, uma mulher notadamente distinta ser presa, sob a suspeita do que?
Não sabemos ainda qual o crime que essa dama possa ter cometido. Supomos que a prisão dessa senhora deve-se ao fato de ser esposa do Presidente da Assembléia Legislativa Deputado José Geral Riva a quem desejam retalhar a qualquer custo para que sua liderança política seja enterrada definitivamente.
Na nossa simplista avaliação entendemos que assim dessa forma, não vão liquidar com a carreira do político em tela, ao contrário estão fortalecendo sua base eleitoral.
Que existem nesse filme muitos bandidos existe mesmo. Vale observar que os principais que deveriam entrar em cana, ser preso e processado e colocados no tronco para cair na chibata esse estão livres e por suposto desfilando garbosos e armando outras mutretas para serem colocadas em pratica no futuro próximo. Por tudo que aqui está posto é oportuno indagar: que tipo de democracia é essa em que vivemos? Pois não?
LUCIO Dia e Noite
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