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quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Suposta família lesada, defende Jarapax de denúncia de Hélcio Xuda

Por Rarilton Damasceno
Fotos: Rarilton Damasceno

Zecão Paes recebe apoio da suposta família lesada, que serviu de base para denuncia de Hélcio Xuda. Funerária diz que cumpriu o contrato é que denuncia é infundada.

O proprietário da Jarapax, Zecão Paes enviou o conteúdo de uma entrevista da filha da “suposta” senhora a qual o vereador Hélcio Xuda (PMDB), se baseou para apresentar denuncias na câmara municipal, na semana passada onde acusou a funerária de roubar e extorquir uma família a qual não mencionou nomes. Frankilene Batista de Oliveira Pereira, disse que o vereador esteve em sua casa com outros parlamentares, a fim de apurar uma denúncia sobre o descumprimento do contrato da Jarapax. Ela afirma que o vereador mentiu sobre suas declarações e se posicionou a favor da empresa funerária, dizendo que o contrato foi cumprindo, sem nenhum prejuízo.

Frankilene Batista, disse que os vereadores Hélcio Xuda, André Henrique e Henrique Bernardes estiveram na sua casa, perguntado se ela poderia falar sobre o que havia acontecido no velório de sua mãe. “Eu disse que não havia acontecido nada, a única coisa que disse, foi sobre a troca do caixão, porque o que eu pagava não dava (para enterrar). Eu não sabia da diferença, eles perguntaram se nós havíamos pagado a mais. Disse que meu irmão havia ido lá (na Jarapax) e pagado, e só depois ficamos sabendo da diferença. Só isso” diz.

Ela não soube precisar qual teria sido a diferença de valores entre um caixão e outro, afirmou que “a diferença não foi grande”. O problema surgiu porque a mãe de Frankilene Batista, não cabia no caixão descrito no contrato e foi necessário um caixão maior. Ela disse que nunca tinha lido o contrato, e que só depois foi ler e soube dos valores a mais. “Eu nunca procurei o Hélcio, ele foi quem veio aqui, perguntar o que tinha acontecido. Mas se a pessoa que ele falou, for a minha mãe, é tudo mentira, porque eu só falei sobre a diferença da urna” disse.

Frankilene Batista invoca como testemunhas as pessoas que foram ao velório de sua mãe, como prova de que todas as outras coisas foram cumpridas pela funerária. Sobre a colocação ou não de formol, ela diz que não falou nada sobre esse assunto com o vereador, e disse que não dúvida da honestidade da funerária. “Não tenho nenhuma reclamação a fazer sobre a Jarapax, a única diferença que teve, foi só o contrato que nós não lemos e que falava sobre o tamanho do caixão. Não tenho nada a reclamar” afirma.

E diz mais “Não mandei ele (Hélcio) falar nada, não disse que provava nada” frisa ela. Questionada se sabia as razões que levaram Hélcio Xuda a fazer a denúncia na câmara municipal, Frankilene disse apenas que questionou o vereador sobre o porquê dele querer saber sobre o velório de sua mãe. “Ele disse para nós que queria colocar outra empresa funerária em Jaraguá, perguntei se ele queria tirar o Zecão do mercado, ele disse que não, jamais quereria fazer isso com ele” salientou. Ela ainda afirmou que se tivesse algum problema com a Jarapax iria ela mesma conversar diretamente com o proprietário e não com vereadores.

Francisco Batista, irmão de Frankilene também falou durante a entrevista e repetiu o apoio a Zecão Paes, a quem chamou de amigo do peito. Ele voltou a falar que se Hélcio Xuda se referia a sua família, era mentiroso.

Outro lado.

A reportagem procurou o vereador Hélcio Xuda para falar sobre a repercussão dos fatos e o novo depoimento da família, avalizando a empresa funerária. Hélcio voltou a dizer que não mencionou o nome da família e que não mencionará exceto em juízo.

Hélcio Xuda disse estranhar o comportamento da família que deu depoimento em favor do proprietário da funerária. Ele alega que mesmo sem citar nomes, a empresa correu atrás de familiares para tomar depoimentos que colocasse em dúvida a denúncia. “Tenho documentos fornecidos pela família que se for necessário vou apresentar. Mas quero enfatizar, que não vou rebater nenhum desses depoimentos, até porque minha luta não é contra nenhuma família, mas sim pelo fim do monopólio da Jarapax” concluiu.

Folha de Jaraguá

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