Enfermeira virou carteiro
Por razões mal explicadas até hoje, o postinho que servia para os moradores da comunidade encaminharem e receber correspondências de parentes de outras partes do País, foi bruscamente fechado. Há anos, quem quer receber alguma correspondência tem que ir até o postinho de saúde, onde uma funcionária da Prefeitura a serviço da Unidade da Saúde da Família - que também não funciona a contento - faz também o papel de "carteiro". Abandonado, antigo postinho se deteriora com as ações do tempo e aos poucos vai sendo engolido pelo matagal
Por mais que as dificuldades sejam gigantescas, os moradores – ou o que sobrou – do Distrito de São Joaquim ainda lutam. Lutam e esperam. Por exemplo, esperam por uma resposta a uma carta postada no dia 12 ao prefeito de Tangará da Serra, Julio César Ladeia, pela qual solicitam uma audiência para discutir os problemas da comunidade. Passados mais de 15 dias, nem um comunicado de volta para dizer que a agenda está lotada.
Dorjival Silva se mostra ácido com o descaso. Lembra que os problemas são conhecido de todos os setores, mas as providências não chegam. “Pelo visto, fingem esquecer que nesta comunidade residem muitas crianças, adolescentes, jovens que poderiam ter assegurado um futuro melhor; idosos, pessoas com a saúde debilitada, gente que precisa de ações positivas do Estado” – destacou;
O dirigente diz que gostaria muito também que o Ministério Público Estadual, governos estadual e federal e organismos internacionais que protegem as pessoas e às comunidades, “fizessem alguma coisa por nós”. Mas ainda isso não aconteceu. Para Dorjival, enquanto existir vida haverá esperança.
“Não precisa ser cientista político para entender o grau de dificuldade que os moradores dessa comunidade sofre no dia a dia” - escreve Dorjival. Mas as autoridades políticas do município, numa atitude incompreensível, não têm proporcionado o mínimo de cidadania para os moradores desse Distrito”.
24 Horas News
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