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quarta-feira, março 02, 2011

Perigo e veículos em péssimo estado de conservação. Esta é a realidade da AUJA

Os universitários de Jaraguá que fazem faculdade em Anápolis estão vivendo uma verdadeira Via Sacra no vai e vem diário pela BR 153. As precariedades dos ônibus utilizados para o transporte fazem com que estes mesmo estudantes vivam um martírio constante. Veículos quebrados, sem condições de tráfego e superlotados – esta é a verdadeira realidade enfrentada pelos “aventureiros jaraguenses”.
AUJA - JARAGUÁNossa produção tem recebido várias reclamações de alunos via internet, sobre as condições de transporte até a cidade de Anápolis, distante aproximadamente 80 quilômetros. O internauta a seguinte mensagem denunciando o descaso com estes universitários.
“(...) pelo amor de Deus olha pra nós sobre o transporte de alunos para Anápolis. Ontem foi a maior loucura: ônibus saiu e quebrou logo na saída. Foi até um trecho da estrada e teve de voltar. (...) Minha filha chegou em casa ontem chorando, pois tinha de entregar um trabalho urgente pois era de grupo.”.
Cumprindo com o nobre papel de imprensa, a reportagem do JN, GN e Rádio Cidade procurou os alunos no momento em que se prepararam para embarcar rumo à faculdade. Um verdadeiro tumulto se formou diante de nossa equipe e as opiniões se divergiam entre eles.
João Neto, ex-presidente da Associação Universitária de Jaraguá (AUJA), recém-formado em Direito, em entrevista, disse que foi firmada uma parceria entre a Associação e Prefeitura Municipal, para que os problemas fossem sanados. Dois ônibus pertencem ao Município, sendo que a AUJA complementa os salários dos motoristas, paga o combustível e ajuda na manutenção dos veículos. Ele relatou, ainda, que muitos associados estão inadimplentes, o que dificulta o bom andamento da Associação e a manutenção dos veículos.
Na última segunda-feira, 28 de fevereiro, segundo denúncia de alunos universitários, um dos ônibus estragou próximo ao trevo que dá acesso à cidade de São Francisco sendo necessária a realização de manobra perigosa, colocando em risco a vida e integridade física dos que ali eram transportados. A denúncia diz ainda que vários alunos ficaram às margens da Rodovia, sendo necessário, os mesmos recorrerem à caronas, aventurando-se em plena Rodovia 153.
Segundo as normas da AUJA, os calouros pagam a mensalidade de R$ 125,00 e os veteranos o valor de R$ 100,00. Cada ônibus dispõe de 44 poltronas, ou seja, em média, quase R$ 5.000,00 mensal. Levando em conta três veículos à disposição dos universitários, mais de R$ 15.000,00 entram nos cofres da Associação que tem o dever e obrigação de lutar pelos direitos daqueles que buscam um lugar ao sol, através da educação.
texto descritivoPorém, com as opiniões divergentes e sem unidade, nada de concreto tem acontecido nos projetos encampados. Destaca-se ainda, que a Associação está sem diretoria e apresenta apenas responsáveis por cada um dos veículos.
Ônibus sem condições de tráfego, com pneus “carecas”, até mesmo sem freios (como denunciado por universitários) e apresentando inúmeros defeitos devido ao tempo de uso, coloca em risco a vida de dezenas de jovens estudantes.
Durante a entrevista, um dos universitários disse que tudo aquilo não passava de política. Ora, a palavra política é grega e é originária do termo Polis. Polis é a Cidade, entendida como a comunidade organizada, formada pelos cidadãos (politikos), isto é, pelos homens nascidos no solo da Cidade, livres e iguais, portadores de dois direitos inquestionáveis, a isonomia (igualdade perante a lei) e a isegoria (o direito de expor e discutir em público opiniões sobre ações que a Cidade deve ou não deve realizar).
Portanto, todos nós, formadores de opiniões ou simples cidadãos, somos todos políticos e devemos, na nobreza do termo, exercermos o nosso dever de expor e discutir os problemas do dia-a-dia. A politicagem fica a cargo daqueles políticos que perderam o compromisso com a sociedade ou que se acomodaram a viver a “bajulagem” nossa de cada dia.

Por: Boby Djork com adaptação

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