As chuvas estão intensas. Os agricultores sofrem para colher a soja. O lamaçal é uma constante nas regiões produtoras: os atoleiros estão por toda parte. Algo que já faz parte da cena no verão de Mato Grosso, especialmente entre fevereiro e abril, quando cessa o período das águas. A falta de infraestrutura tem vários elementos, a começar pelas dimensões continentais do Estado. Vias asfaltadas podem ser consideradas um luxo nos caminhos da riqueza do Estado. E é ai que vem o problema: do pouco que existe, não existe conservação, não existe reparos adequados, não existe o mínimo de atenção.
A falta de respeito do poder público tem provocado perdas. Muitas perdas. Muito da produção se perde pelo caminho. Porém, essa situação não se restringe absolutamente ao dinheiro. Mas, fundamentalmente, a própria vida. A par dos perigos naturais que uma rodovia impõe, motoristas de carretas e caminhões que trafegam entre Rondonópolis e Alto Araguaia, na divisa com Goiás, não podem prever os próximos metros. Tudo pode acontecer. Até a morte ronda diante de tamanhos disparates.
O jornalista Alberto Romeu, do Plantão News, fez o percurso. E teve que parar muitas vezes para registrar problemas e conversar com os motoristas. Por unanimidade, eles elegeram o trecho como a "pior rodovia" de Mato Grosso. Para quem está acostumado a cortar Mato Grosso de norte a sul e de leste a oeste, dá para imaginar então o que significa o título de “pior”.
Veja abaixo os registros feitos por Alberto Romeu.
Por Edilson Almeida-24 Horas News
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