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quinta-feira, março 17, 2011

Com vários atoleiros, técnicos não conseguem chegar a Ribeirãozinho

Dois técnicos da empresa  Selt Engenharia (Substação e Linha de Transmissão), de Porto Alegre (RS) não conseguiram chegar ontem à noite na cidade de Ribeirãozinho, região sudeste de Mato Grosso, às margens do Rio Araguaia, por conta da precária condição da estrada de terra que liga o município a Alto Araguaia (ao Sul).

Willy Araújo Castro e Ronaldo Alonso - ambos com 24 anos - tentam chegar a cidade para a execução de serviços para a ampliação da substação de energia elétrica de Ribeirãozinho. O período de permanência dos mesmos na cidade é de um ano e a empresa abrirá uma frente de trabalho ofertando mão-de-obra.

Segundo os técnicos eles percorreram apenas 40 km da estrada de terra a partir de Alto Araguaia. O total do trecho é de 150 km. Não conseguiram chegar nem mesmo em Araguainha. "Faltavam uns 20 km" - disseram. O carro em que viajavam, um Gol G5 ficou atolado na lama e foi puxado por um trator de um fazendeiro da região. "Depois que nos tiraram do atoleiro perguntaram se queriamos seguir viagem, porém nos alertaram que havia muitos outros problemas pela frente" - disse Willy. Conforme Ronaldo entre outros 3 a 4 veículos até mesmo uma carreta carregada de combustível estava encalhada e aguardava a chegada de um trator maior para ser retirada. Diante do quadro, a solução foi retornar a Alto Garça, cerca de 80 km - por onde já haviam passado e pernoitar em um hotel, onde chegaram por volta de 22h00. Por falta de sinalização no trevo, não sabiam que a 45 estaria Alto Araguaia.

A história dos dois profissionais da Selt Engenharia tem um misto de descontração, mas também de gravidade. Eles contam que desembarcaram no Aeroporto Marechal Rondon (em Várzea Grande, ao lado de Cuiabá) na terça-feira pela manhã e pegaram um veículo Gol G5 com destino a Ribeirãozinho. A orientação é que seguissem pela BR 163 e tomassem sentido pela BR 364. Contudo, por falta de sinalização adequada acabaram chegando em Sonora - Mato Grosso do Sul - cerca de 200 km adiante do ponto em que deveriam pegar a BR 364.

Retornando ao destino, receberam orientação de que deveriam passar por Itiquira e já sairiam na BR 364 encurtando caminho. A rota sugerida levou Willy e Ronaldo a um trecho de aproximadamente 60 km de estrada de terra, após Itiquira, sentido a rodovia. O trecho era ruim. Lamentam que nem mesmo policiais militares sabiam orientar corretamente a saída da cidade e a melhor rota. Eles sairam acima da Serra da Petrovina. O lado menos ruim é que deixaram de enfrentar o caos que está o trecho da BR 364 entre Rondonópolis e o local em que chegaram. Mas situação não menos crítica pelo que enfrentaram até o trevo de Alto Araguaia.

"Está péssimo. Sem sinalização e muito buraco" - apontou Willy sobre o estado da rodovia entre Alto Garças e Alto Araguaia. "No trevo não tem sinalização para Ribeirãozinho (ou mesmo Araguainha e Ponte Branca) e é tomado por buracos" - critica Ronaldo.

A intenção dos dois é seguir viagem hoje. Foi fornecido a eles até mesmo os telefones dos prefeitos de Araguainha e de Ribeirãozinho, caso precisem de socorro.

Na sexta-feira da semana passada os prefeitos de Araguainha e Ribeirãozinho reclamaram junto ao Governo do Estado da situação da rodovia MT 100 que há mais de uma década tem projeto para asfaltamento.

Plantão News

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