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terça-feira, fevereiro 14, 2012

Artigo: SENADOR BLAIRO BAJULADO POR LULA E ABANDONADO PELA DILMA

Por Calixto Guimarães/ Na trilha da história
O  senador Blairo MaggI, não percebeu ainda que; após o vergonhoso pé no traseiro dado pela presidente Dilma, em seu parceiro e afilhado político, Luiz Pagot,  mais as denúncias sobre a corrupção avassaladora que aconteceu no seu governo e trambiques antigos de seus  progenitores, revelados em arquivos secretos da PF, que a Presidente Dilma e muito menos o PT,  não mais interessa em tê-lo como aliado.

Empresário  bem sucedido e ícone do agronegócio brasileiro, transformado magicamente pela mídia em politico de expressão internacional, Blairo Borges Maggi, soube muito bem se livrar do "Motor-Serra de Ouro," premiação escrachada da turma “verde” da Tv Globo, ávidos em consagra-lo "campeão" do desmatamento na Amazônia e também, das implicâncias dos  ex-ministros do Meio Ambiente, Marina Silva e Carlos Minc. Porém, tudo indica que o Senador, sucumbiu de vez ao patrulhamento da tropa de elite do PT, que o levou ao nocaute político já em seu primeiro ano na  selvagem arena do Congresso Nacional. Liderança politica-empresarial inconteste, foi governador por dois mandatos consecutivos em Mato Grosso e logo em seguida (2010), elegeu-se ao Senado, obtendo uma expressiva votação, (1.070.000) que bateu recorde na história eleitoral do estado. Com índices invejáveis de popularidade e a fama de administrador público competente e exemplar o meteoro Maggi, tornou-se "estrela" sem ser do PT e no governador mais paparicado do governo Lula, que não pensou duas vezes em assinar a carta de demissão da poderosa ministra Marina Silva, para tê-lo como aliado.

Influente politicamente, vitaminado pela proteína da soja e economicamente turbinado com os dólares do agronegócio, Maggi, desenhava com claridade a sua trajetória rumo a Presidência da República, chegando a ser cogitado para figurar de ”vice”, na chapa de Dilma Roussef. Com um  perfil politico perfeito e  pronto para desfilar na passarela da politica nacional, aguardava a oportunidade e o momento certo, para que o seu nome figurasse no tabuleiro majoritário da disputa eleitoral. A sua carreira politica vinha sendo construída meticulosamente através de um  marketing inteligente e bastante convincente, o retrato de empreendedor de sucesso e vitorioso com os alardes de; mega-produtor e  "Rei da Soja,"  seria sem dúvidas, um prato cheio ao apelo sentimental do povo brasileiro, culturalmente fascinado pela fartura do campo e ao saudosismo romântico da vida rural. Seria de fato uma forte candidatura e um nome imbatível. Maggi, surpreendeu a todos, em especial,  o setor conservador, quando apoiou Lula, na campanha de 2006, emplacando em seguida o seu escudeiro predileto, Luiz Pagot, na presidência do cobiçado DNIT e ainda, com a  sua migração para o recém criado  Partido da República, tornando-se em seu cacique  maior até a chegada de Tiririca, renomado palhaço republicano e recordista nacional nas eleições de 2010, eleito a deputado federal com 1.350.438 votos.

Possivelmente, temendo o real potencial das ambiciosas pretensões políticas do Senador, que a "Intelligencia" do PT, muito eficiente na arte da patrulha ideológica foi buscar nos arquivos  da Policia Federal, reminiscências antigas da vida pública e privada das famílias Maggi & Pagot, revelando um passado desconhecido e pouco nobre sobre os mesmos. Foi citando o tal relatório secreto da PF de (nº 00229 de 1977 ), que o Correio Braziliense, em sua edição de 17 de Julho de 2011, reportou as atividades tidas como "mafiosas" dos senhores André Maggi (pai do senador) e Ferdinando Pagot (pai de Luiz Pagot),  em São Miguel do Iguaçu, estado do Paraná. A referida reportagem que pode ter sido encomendada pelas falanges petista ou por lideranças de bancadas interessadas em assumir o controle do DNIT, foi uma dura cacetada que serviu para matar dois coelhos de uma só vez. O resultado de tudo isso, além do pé no traseiro de Pagot, dado pela presidente Dilma, os respingos da lama superfaturada do DNIT, deixou manchas profundas na imagem do senador Blairo, até então, tida como limpa e muito respeitada e agora, cada vez mais turva pela enchorrada de denuncias e processos sobre a corrupção avassaladora que vigorou durante o período em que governou o estado de Mato Grosso. Enfim, mesmo não sendo mais um nome considerado na esteira dos futuros presidenciáveis do país, o senador Blairo Maggi, deve interagir melhor com a sua base eleitoral caso contrário, a sua indiferença sinaliza o prenuncio do fim de sua curta e tão conturbada aventura no fascinante mundo da politica.

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