O deputado Estadual Baiano Filho (PMDB) se reuniu em audiência na tarde desta terça-feira, 06.03, com um grupo de seis prefeitos do Norte Araguaia. Entre os assuntos, o parecer técnico emitido pelo GEPAC (Grupo Executivo do Programa de Aceleração do Crescimento) sobre a suspensão das obras de pavimentação da BR-158, no trecho entre Ribeirão Cascalheira até a divisa com o Pará. Segundo Baiano, o parecer do GEPAC advertiu que a continuidade das obras está condicionada a retomada do projeto sobre o trecho inicial, ou seja, por dentro da área indígena Marawatsede.
Além da negativa sobre a continuidade das obras, o GEPAC ainda considera a possibilidade que parte das obras federais em execução no estado seja custeada por meio de concessões, ou que tenham o aporte do Governo do Estado, sob a argumentação de Mato Grosso figurar como grande produtor nacional e por isso ter caixa para garantir parte dos recursos.
Diante do parecer, o governador Silval Barbosa está articulando para os próximos dias uma audiência com a presidente Dilma Roussef para discutir o posicionamento do grupo executivo e evitar a paralisação das obras. Paralelo ao governador, Baiano Filho já articula para o próximo dia 17 um grande movimento reunindo prefeitos, vereadores e sociedade organizada do Norte Araguaia. O encontro discutirá estratégias para cobrar da União uma solução definitiva e garantir que o Governo Federal mantenha as obras no rol de prioridades.
Revoltados, os prefeitos de Alto Boa Vista, Vanderley Perin; de Porto Alegre do Norte Edi Scorsin; de São José do Xingu, Gilberto Mendes Leoncini; de Vila Ria, Naftaly Calisto; de Confresa, Gaspar Lazari; de Santa Terezinha, Domingos da Silva Neto, e o empresário Édio Bruneta do Grupo Itaquerê hipotecaram apoio ao movimento e já começam a articular o encontro para o dia 17, no Araguaia.
ENTENDA - Para garantir agilidade à liberação das obras, uma vez que o traçado original pela Marawatsede dependeria da liberação da FUNAI, foi proposto pelo DNIT um novo traçado passando pelos municípios de Bom Jesus do Araguaia, Serra Nova Dourada e Alto Boa Vista. Nesse sentido, o projeto para o contorno começou a ser trabalhado pelo departamento no início de 2011 e ganhou força após a descoberta de um cemitério indígena, localizado no trecho de 50 km que atravessa a reserva.
Com um total de 180 km, o novo trajeto ficou dividido em quatro trechos, onde dois já estavam com projetos prontos, um trecho em fase de finalização e o último lote aguardando definições da FUNAI quanto ao cemitério indígena.
Esse mesmo posicionamento foi ratificado pelo Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio, durante audiência provocada pelo deputado Baiano Filho, no mês de novembro, em Brasília, onde estiveram reunidos 17 prefeitos do Araguaia e o senador Blairo Maggi.
Um ano após a definição pelo contorno e com 90% dos projetos finalizados, em uma atitude contraproducente, o Governo Federal decide pela suspensão do processo e retomada do traçado original, esbarrando novamente no parecer negativo da FUNAI.
Fonte: Da Assessoria/ Naiara Martins
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