Promotores analisam documentos para outras fases da Metástase
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) acredita que o dinheiro desviado dos cofres da Assembleia Legislativa por meio de fraudes na verba de suprimentos ultrapasse a quantia de R$ 1,788 milhão que resultou na denúncia criminal do ex-deputado estadual José Riva e outras 23 pessoa realizada na semana passada. “Na verdade, vislumbra-se que o desvio operado tenha sido muito maior, já que apenas parte dos documentos relacionados às infrações penais foi localizada e analisada por este Grupo Especializado”, diz trecho da denúncia.
Devido a "Operação Metástase" Riva voltou a ser preso pela terceira vez somente neste ano. Além dele, foram detidos os servidores Maria Helena Caramello e Geraldo Lauro, que foram chefes de gabinete da presidência do Legislativo.
Cada gabinete de deputado estadual dispunha da quantia de R$ 8 mil para compras emergenciais que dispensam licitação. No entanto, a Operação Metástase que foi deflagrada em duas etapas, analisou somente documentos do gabinete do ex-deputado estadual José Riva.
O material foi apreendido pela Polícia Federal em um mandado de busca e apreensão da Operação Ararath que após identificar não ter relação com esquemas de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional, remeteu a documentação ao MPE (Ministério Público Estadual). A partir daí, foi descoberto que nos anos de 2010, 2013 e 2014, servidores da Assembleia Legislativa simulavam compras inexistentes para desviar o dinheiro que atendia a diversas outras finalidades como pagamento de propina a agentes políticos, financiamento de festa de formatura, velório, exames médicos, massagistas e despesas pessoais do ex-deputado José Riva.
Em quatro anos, a Assembleia Legislativa gastou R$ 9,878 milhões com a verba de suprimentos. O campeão em gastos foi o ex-deputado José Riva que presidiu o Legislativo de janeiro de 2011 até meados de 2012, quando foi afastado por decisão do Tribunal de Justiçaem decorrência de uma ação civil pública por improbidade administrativa.
O gasto total foi de R$ 3,890 milhões. Em seguida aparece o deputado estadual Mauro Savi (PR), primeiro-secretário entre 2012 a 2015, que consumiu R$ 2,548 milhões.
Por RAFAEL COSTA
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