O funcionário da Faespe (Fundaçao de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual), Hallan Gonçalves de Freitas, foi flagrado pelo Gaeco sacando dinheiro em uma agência do Sicoob, que funciona nas dependências do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). Ele foi preso na terça-feira (20), durante a deflagração da operação “Convescote”, acusado de envolvimento em um esquema que desviou dinheiro de convênios da instituição.
Hallan é dono de uma empresa HG de Freitas ME, que movimentou R$ 1.514 milhão nos anos de 2015 e 2016. Somente no dia 4 de agosto do ano passado, o funcionário da Faespe foi cinco vezes ao caixa do Sicoob. "Foi possível conferir o investigado Hallan recebendo um invólucro possivelmente de dinheiro do caixa e guardando em sua mochila. Ainda foi possível ouvir a atendente dizendo que ele tinha um saldo de R$ 19 mil", diz trecho do relatório do Gaeco.
Após deixar a agência, Hallan se encontrou com Claúdio Roberto Borges nos fundos do TCE onde o dinheiro sacado foi provavelmente repassado.
No dia 9 de agosto, Hallan esteve novamente no mesmo local, fazendo transações financeiras.
A Operação Convescote, executada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), apura desvios de dinheiro público em convênios celebrados entre a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (FAESP) e instituições públicas como o Tribunal de Contas do Estado (TCE), Assembleia Legislativa, Prefeitura de Rondonópolis e Secretaria de Estado de Infraestrutura, que superam R$ 70 milhões.
De acordo com o Gaeco, o esquema funcionava da seguinte maneira: instituições públicas firmavam convênios com a FAESP para prestação de serviços de apoio administrativo. A Fundação, por sua vez, contratava empresas de fachadas para terceirização de tais serviços. Ao final, os recursos obtidos eram divididos entre os envolvidos, sendo que o responsável pela empresa normalmente ficava com uma pequena porcentagem do montante recebido e o restante era dividido entre funcionários da fundação e servidores do TCE.
Até o momento, conforme o Gaeco, já foram identificadas 08 empresas irregulares que participaram do esquema. Nesta terça-feira (20), durante a operação Convescote, foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres, 16 mandados de busca e apreensão e 04 mandados de condução coercitiva. Todos foram expedidos pela Vara Especializada do Crime Organizado da Capital.
Além do crime de constituição criminosa, também há indicativos da prática de peculato, lavagem de capitais e corrupção ativa.
Presos preventivamente:
01 - Claúdio Roberto Borges
02 - Marcos Moreno Miranda
03 - Luiz Benvenuti Castelo Branco de Oliveira
04 - José Carias da Silva Neto
05 - Karinny Emanuelle Campos Muzzi de Oliveira
06 - João Paulo Silva Queiroz
07 - Jose Antonio Pita Sassioto
08 - Hallan Gonçalves de Freitas
09 - Marcos José da Silva,
10 -Jocilene Rodrigues de Assunção
11 – Eder Gomes de Moura
Conduções coercitivas:
01 - Marcos Antonio de Souza
02 - Fadia Kassem Fares Garcia
03 - José Augusto Proença de Barros
04 - Lázaro Romualdo Gonçalves de Amorim
Gaeco
Da Redação
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