O secretário Wilson Santos disse que decisão de desembargador foi uma “surpresa”
| O secretário Wilson Santos, que defendeu honestidade de ex-chefe da Casa Civil |
O secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos (PSDB), saiu em defesa do ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, preso na última sexta-feira (4), por suposto envolvimento no esquema de grampos clandestinos operado em Mato Grosso.
A prisão foi determinada pelo desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Wilson, por sua vez, minimizou o episódio e disse que a prisão não guarda relação com qualquer esquema de corrupção.
“Paulo Taques é um homem honesto. Inclusive, essa prisão dele não tem nada a ver com corrupção, com roubo ao erário. Passa longe disso, longe de atos de desonestidade contra o patrimônio público”, disse o tucano, que acompanha a Caravana da Transformação, em Barra do Garças (509 km de Cuiabá), na manhã deste sábado (5).
Paulo Taques é um homem honesto. Inclusive, essa prisão dele não tem nada a ver com corrupção, com roubo ao erário. Passa longe disso, longe de atos de desonestidade contra o patrimônio público
Wilson afirmou que o executivo ainda não tem detalhes sobre os fatos que levaram à prisão do ex-secretário e disse ainda que o fato pegou o Paiaguás de surpresa.
“Ainda não temos detalhes da decisão. Pegou o pessoal de surpresa, até porque parece que o Ministério Público Estadual se posicionou contra a prisão”, disse.
Para o tucano, a prisão do ex-chefe da Casa Civil não deve impactar o Governo Pedro Taques (PSDB).
Segundo Wilson, Paulo Taques já estava afastado do Executivo há algum tempo, embora seu desligamento tenha ocorrido justamente por conta da denúncia do esquema de escutas clandestinas ocorrido enquanto o mesmo estava no cargo.
“O Paulo já tinha deixado o Governo há mais ou menos 100 dias, está tocando a vida dele privada, o escritório de advocacia, que tem uma banca renomada. O Paulo já não faz parte do staff há meses. No Governo não tem alteração”, afirmou.
“Agora, não sei qual vai ser a condução que o governador vai dar. É tudo muito recente. É uma surpresa para todos nós. Governar é um ato que exige muita coragem, paciência, resiliência, faz parte. Problemas aconteceram, estão acontecendo e acontecerão, faz parte. Vamos em frente e o Governo vai responder a tudo”, concluiu o secretário.
Prisão de secretário
A prisão preventiva decretada contra Paulo Taques foi motivada pela acusação de que ele teria mandado "grampear" sua ex-amante, a publicitária Tatiana Sangalli, e sua ex-assessora Carolina Mariane.
Outro argumento foi o risco dele destruir provas e documentos importantes para a investigação, uma vez que ainda teria forte influência no Governo.
O decreto prisional foi cumprido na tarde da última sexta-feira (4), por ordem do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A prisão foi assinada na quinta-feira (3).
Paulo Taques é suspeito de ter integrado esquema que operou escutas clandestinas ilegais no Estado, juntamente com um grupo de policiais militares.
Os "grampos" ocorriam por meio da tática "barriga de aluguel", quando números de pessoas não investigadas são inseridos indevidamente em um pedido de quebra de sigilo telefônico.
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CAMILA RIBEIRO E KARINA CABRAL DA REDAÇÃO
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