O chefe de Gestão de Pessoas da Assembléia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e irmão do deputado estadual Wilson Santos (PSDB), Elias Pereira dos Santos, compareceu à sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), na manhã desta quarta-feira (11), mas não prestou esclarecimentos aos promotores sobre os 14 cheques no montante de R$ 60 mil que recebeu do presidente da ALMT, Eduardo Botelho (DEM), entre os anos de 2011 e 2014.
Acompanhado do advogado Luciano Augusto Neves, ele pediu para ter acesso ao inquérito, que passa de 4 mil páginas, para voltar em outra data e depor.
Elias afirmou estar disposto a prestar os esclarecimentos, mas alegou que não se lembra da movimentação de cheques ocorridos no passado.
A oitiva do servidor faz parte das diligências da operação Bereré, que apura suposto esquema de propinas no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que foi delatado pelo ex-governador Silval Barbosa.
Consta na denúncia que Elias Santos manteve "intensa movimentação bancária" com Eduardo Botelho, que na época era sócio da Santos Treinamento e Capacitação de Pessoal Ltda, empresa apontada pelo GAECO como "fantasma" e criada com o objetivo de lavar a propina que era paga pela FDL Serviços, fornecedora de registro de gravame da autarquia, aos políticos envolvidos.
Neste esquema, Eduardo Botelho, bem como o deputado Mauro Savi (DEM) são apontados como líderes da organização criminosa.
Por CELLY SILVA Do Gazeta Digital
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