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sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Riva: "Operações foram verdadeiros shows pirotécnicos"

Presidente da Assembléia fez críticas durante seu discurso de posse no Parlamento Estadual, nesta manhã

  • Maurício Barbant - Secom AL
    O governador Silval Barbosa e o presidente José Riva se cumprimentam durante posse

    DA REDAÇÃO

    O presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP) criticou hoje, em seu discurso de posse, as Operações Curupira e Jurupari, da Polícia Federal, classificando-as de "verdadeiros shows pirotécnicos". A consideração foi feita no momento em que falava sobre a questão ambiental em Mato Grosso.
    "É preciso ser legalista, não deixar de cumprir a legislação, porém não se pode mais ver órgãos ambientais usarem - e até serem usados - como armas para verdadeiros shows pirotécnicos, como os vistos nas operações Curupira, Jurupari e outras, que de fato nada contribuíram ou contribuem na melhoria do meio ambiente em que vivemos", afirmou, na presença do governador Silval Barbosa (PMDB) e representantes do Judiciário.
    A Operação Curupira foi deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2005. Seu alvo foi combater a invasão, grilagem e desmatamento em uma área onde vivem índios isolados (ainda sem contato com não-índios) situada no município de Colniza (MT), na divisa com o Amazonas. Na ocasião, o juiz federal Julier Sebastião da Silva decretou a prisão temporária de 75 pessoas.
    Já a Operação Jurupari ocorreu em maio do ano passado. Um total de 64 pessoas foram presas acusadas de participar de um esquema que fraudava autorizações de desmatamento e de retirada ilegal de madeira de áreas públicas e de proteção ambiental. Em ambas as operações, todos foram soltos depois de dias e ninguém foi condenado.
    Em seu discurso, Riva afirmou que a responsabilidade ambiental precisa orientar sempre as atividades econômicas, como o setor de base florestal. "Aliás, incentivar modelos como o manejo é fomentar a geração de emprego, renda e benefícios ao meio ambiente. Nessa área o Estado pode se beneficiar de enormes riquezas, sobretudo vindas de países ricos, não só com a exportação da madeira ou outra produção extrativista, mas pode ganhar muito com o seqüestro de carbono, por exemplo", disse.
    Ele também prometeu cobrar agilidade nas concessões de licenças e nos projetos de manejo. "Mas vou propor novos instrumentos que contribuam com um meio ambiente de qualidade, como por exemplo, exigir o plantio de duas mudas da mesma espécie, onde for extraída uma árvore. Ou outras experiências ambientais empreendedoras e sustentáveis, como é o caso do Voizin, que pode aumentar consideravelmente nosso rebanho bovino, ao mesmo tempo em que reduz a área de pastagem", afirmou.
    Sobre o meio ambiente, o presidente da Assembléia defendeu o máximo envolvimento da Casa. "É fundamental que o Parlamento se envolva cada vez mais no aprimoramento das discussões das concessões e licenças para as estruturas logísticas, como as ferrovias, hidrovias e rodovias, que muitas vezes vemos emperradas por falta de um compromisso de alguns com o verdadeiro desenvolvimento sustentável", disse.

    Fonte: Midia News

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