Profissionais de enfermagem do município de Sorriso repudiam, em carta aberta, as justificativas da Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES)para contratação de Organizações Sociais (OS). “Não aceitamos que a classe trabalhadora seja responsabilizada e punida pela incompetência gerencial do estado”, diz o documento. A categoria afirma que o atual sucateamento da saúde “é decorrente de planos de governos omissos, mal geridos e mal fiscalizados”.
“Há uma omissão do Estado de longa data. Os servidores há muito vem alertando os gestores e a população pela falta de planejamento, através de manifestos, entrevistas, sugestões em ouvidorias e organizações de grupos. Não somos nós os descomprometidos e culpados desta situação. O estado se posiciona longe da nossa realidade, principalmente no interior do estado. Os gestores e secretários aparecem para fazer uma visita em épocas de eleição apenas, ou para conseguir votos”, criticam.
Os enfermeiros jogam pesado ao alertar que o trabalhador da saúde “não pode ficar sujeito à políticos aventureiros e temporários que querem de uma hora para outra desfazer conquistas históricas da classe trabalhadora. Então, população, não se deixem enganar por uma fórmula mágica que surge para “organizar o sistema. Não se deixem enganar pela falácia de secretários e gestores, que hoje falam o que vocês querem ouvir: redução de filas, aumentar o número de cirurgias, melhorar o atendimento, a humanização etc”.
A CARTA DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM PARA ESCLARECIMENTO DA POPULAÇÃO DIANTE DAS PROPOSTAS DO GOVERNO PARA A SAÚDE
Nós, servidores públicos, manifestamos nosso repúdio as pífias explicações da Secretaria de Saúde do Estado para implantação das Organizações Sociais e alertamos a população neste documento.
Não aceitamos que a classe trabalhadora seja responsabilizada e punida pela incompetência gerencial do estado.
O atual sucateamento da saúde que vivemos é decorrente de planos de governos omissos, mal geridos e mal fiscalizados. Há uma omissão do Estado de longa data.
Os servidores há muito vem alertando os gestores e a população pela falta de planejamento, através de manifestos, entrevistas, sugestões em ouvidorias e organizações de grupos. Não somos nós os descomprometidos e culpados desta situação.
Nunca tivemos auditoria e orientação, do estado para termos uma coordenação melhor dos serviços, apesar de insistirmos!
O estado se posiciona longe da nossa realidade, principalmente no interior do estado. Os gestores e secretários aparecem para fazer uma visita em épocas de eleição apenas, ou para conseguir votos.
A omissão do estado é concreta!!!
O trabalhador não pode ficar sujeito à políticos aventureiros e temporários que querem de uma hora para outra desfazer CONQUISTAS HISTÓRICAS DA CLASSE TRABALHADORA.
Então, POPULAÇÃO, não se deixem enganar por uma fórmula “mágica” que surge para “organizar o sistema”. Não se deixem enganar pela falácia de secretários e gestores, que hoje falam o que vocês querem ouvir: redução de filas, aumentar o número de cirurgias, melhorar o atendimento, a humanização, etc.
Esta é uma forma de empurrar para baixo do tapete a responsabilidade deles, de GERIR BEM.
Sabemos que muitas vezes o profissional concursado é ofendido e desfigurado. Saiba POPULAÇÃO, os servidores concursados possuem o poder de enfrentar o sistema, e muitas vezes são até perseguidos, mas que devido ao concurso não podem ser mandados embora. Hoje, temos pouquíssimos servidores concursados se compararmos aos contratados, pela ausência de concurso público. Quem irá então, com a terceirização, defender o interesse público após a implantação das OSs? Nossos políticos? O Secretário de Saúde do Estado?
Em lugares que foram implantadas houve uma repaginada inicial nas instituições, e depois um sucateamento total.
Agora, após tantos anos de omissão na saúde, de diversos governos, surge um novo Secretário de Saúde do Estado, com uma “poção mágica”! Isso não parece estranho POPULAÇÃO?
Nós servidores sabemos bem onde estão os gargalos da saúde, e somos capazes de afirmar que esta política que visa reduzir custos e acelerar todo processo não está pensando em qualidade e segurança para a população, pois pra isso é necessário gastar, é necessário investimento.
Fatos não nos faltam para provar a omissão do estado, e a falta de investimento...mas pra onde vai o dinheiro? Nosso estado é um dos mais ricos, e a população precisa mendigar saúde? Não temos dinheiro? Produzimos pouco? Pagamos poucos impostos?
Não há planejamento de saúde para uma região que cresce tanto como a nossa. Um agricultor planeja quanto plantará no próximo ano, e na saúde não há previsão de aumento de número de leitos, de estrutura, de profissionais e de recursos financeiros.
Não sabemos o que teremos nos próximos anos, teremos mais salas cirúrgicas? Mais médicos? Mais leitos? Uma maternidade nova? Não há planejamento baseado no crescimento populacional e suas necessidades.
Então, POPULAÇÃO, não se iludam com as palavras macias e confortáveis que são ditas pelos políticos. Reflitam! O voto é de vocês! Não se deixem enganar!
Certamente que entre a classe trabalhadora que cuida do doente e o doente não serão encontrados sanguessugas, mensaleiros, enriquecimentos ilícitos, lavadores de dinheiro e quadrilheiros.
O ralo por onde “some” o dinheiro público não é o servidor que cuida do doente.
Não podemos ter uma saúde tão PÉSSIMA num estado tão RICO. Nossos políticos sabem desta riqueza tanto quanto nós!
Assumam, Governantes do Estado do Mato Grosso, as obrigações que são tuas!
Não escondam nada, nem procurem encontrar outros caminhos para o percurso do dinheiro público.
Assumam este papel. Cortem gastos de outros comissionados, amigados, que não fazem nada, não generalize o servidor público. Planejamento! Planejamento Claro! Planejamento de crescimento e expansão!
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terça-feira, março 15, 2011
Enfermeiros de Sorriso criticam gestores “aventureiros, mágicos e temporários”
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