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quarta-feira, maio 04, 2011

Chico Galindo afasta "Máfia da Ortopedia" do Pronto Socorro

Os profissionais denunciados por envolvimento em um esquema de venda de cirurgias, furto de medicamentos e comercialização de receitas controladas, que acontecia dentro do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC), foram afastados do cargo. Ao todo eram 8 pessoas, dos quais 2 médicos, 4 técnicos, bem como o diretor da unidade Jair Gimenes Marra, e a gerente de internação, Mariana Penha Rosa.

O prefeito de Cuiabá, Francisco Galindo, informou que os envolvidos contratados serão exonerados, já os concursados perdem o cargo comissionado e ficam afastados até a conclusão de um processo disciplinar que pode resultar em demissão. O procedimento é feito pela Corregedoria do Município.

A gerência do Pronto-Socorro será ocupada agora por uma comissão com plenos poderes. O grupo será formado pelos secretários de Saúde, Antônio Pires, e governo, Lamartine Godoy, 3 pessoas do quadro da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a ouvidora Geral, Adriana Venturoso.

Entre as atribuições da comissão está a revisão dos procedimentos de cirurgia, compra de medicamentos e estoque.

Crime - O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que pertence ao Ministério Público Estadual (MPE), indiciou 9 pessoas por participarem da venda de vagas para cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS). Os servidores cobravam entre R$ 300 e R$ 1,5 mil para pacientes "furarem" a fila.

Parte das vítimas era abordada pelos técnicos, que vendiam cirurgias particulares dentro da rede conveniada. Os médicos também cobravam do usuário do SUS e ainda emitiam a Autorização de Internação Hospitalar (AIH). Assim, ganhavam a propina do paciente pelo serviço e depois recebiam dos cofres públicos o procedimento.

As investigações mostraram que os técnicos furtavam medicamentos, como adrenalina e morfina, do estoque do PS e comercializavam.

Eles também vendiam atestados médicos e receitas para compra de medicamentos controlados. O valor cobrado era entre R$ 7 e R$ 15.

Os diretores da unidade foram indiciados por prevaricação. Conforme a denúncia, eles tinham informações sobre o esquema, mas nunca fizeram nada de concreto para resolver. (Caroline Rodrigues/A Gazeta)

por Sandra Carvalho

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