O diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, negou nesta terça-feira perante uma comissão do Senado as acusações e frustrou a oposição, que esperava que o interrogado denunciasse outras autoridades.
Pagot negou em um interrogatório no Senado todas as acusações de corrupção no Ministério de Transportes e absolveu o Ministério dos Transportes e de órgãos vinculados à pasta de qualquer acusação.
O ex-diretor foi chamado à Comissão de Transportes do Senado devido a que, segundo versões da imprensa, estava disposto a envolver no escândalo importantes colaboradores da presidente Dilma Rousseff, entre eles o ministro de Comunicações, Paulo Bernardo.
Em declarações que concedeu pouco após ser destituído, o funcionário afirmou que só cumpria ordens e que os contratos por valores superiores aos do mercado, que foram assinados pelo Dnit durante sua gestão, foram previamente estipulados por correligionários de Dilma.
No entanto, Pagot negou nesta terça-feira qualquer irregularidade nos contratos, atribuiu os preços elevados de alguns projetos a exigências ambientais e disse que todas as decisões do Dnit são vigiadas pelos organismos fiscalizadores.
Pagot foi um dos quatro altos funcionários do Ministério de Transportes destituídos no dia 2 de julho depois que uma reportagem publicasse uma série de denúncias sobre fraudes em licitações públicas convocadas pelo ministério.
Além do diretor do Dnit também renunciaram o chefe de gabinete do Ministério, Mauro Barbosa da Silva; o assessor Luis Tito Bonvini, e o diretor presidente da Valec, José Francisco das Neves.
Segundo a "Veja", os quatro foram responsáveis por contratos que serviram para o desvio de recursos públicos em favor de dirigentes do PR.
Fonte: Agência EFE
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