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terça-feira, janeiro 24, 2012

22 TÓPICOS TRATADOS NO LIVRO "NINGUÉM ENRIQUECE POR ACASO",

Por  JACOB PÉTRY

1. A ideia central sobre quem somos – Todos nós temos uma convicção, uma ideia central sobre quem somos. Essa ideia central é resultado daquilo que digerimos silenciosamente ao longo da nossa vida. Ela se forma a partir daquilo que assimilamos, dos livros que lemos, das experiências que vivemos, das pessoas com as quais nos relacionamos, e assim por diante. Os resultados que obtemos na vida sempre estarão em harmonia com a ideia que temos sobre nós. Para mudar os resultados, temos que mudar a ideia que temos sobre nós.

2. Propósito definido – Ao contrário do que muitas vezes se pensa, o ser humano possui livre-arbítrio. Para exercê-lo em escala maior, primeiro é preciso definir um propósito, decidir o que queremos da vida. Depois precisamos acreditar que isso é possível. E - por mais estranho que isso possa parecer - precisamos acreditar que merecemos o que buscamos. A partir daí, precisamos nos focar nisso. Pensar nesse propósito, criar estratégias e táticas para alcançar esse propósito.

3. Mente aberta e mudança – O autor explica como todos nós precisamos de regras, normas ou padrões para reduzir os fatos e assim, poder sujeitá-los a nossa compreensão. Quanto mais complexa a informação, maior será nossa necessidade de reduzir essa informação, e mais simplista essa redução será. De acordo com Pétry, toda interpretação que fizemos ou a forma como justificamos as circunstâncias a nossa volta tem a mesma função: poupar-nos do novo, da complexidade, do esforço da construção de uma nova compreensão, de romper os velhos padrões mentais que possuímos. Isso explica porque é tão difícil mudar. Ou seja, mudar, requer uma mente aberta para aceitar o novo, o esforço para quebrar velhos padrões e criar novas possibilidades. Sem uma mente aberta, avanços significativos são impossíveis.

4. Monólogo interior – O que costumamos dizer quando falamos com nós mesmos? Como explicamos o sucesso ou o fracasso de outras pessoas? O que costumamos dizer sobre nossa própria situação? Para o autor, essas respostas dizem muito sobre os resultados que obtemos na vida. “Essa forma de avaliar e julgar o mundo cria um padrão que se torna o eixo através do qual giram nossas atitudes”, ele escreve. Para mudar, segundo o autor, é preciso criar uma consciência sobre nossa forma de pensar. Ou seja: precisamos aprender a pensar sobre o que pensamos.

5. Confundir os fatos com a opinião que temos sobre os fatos – O autor nos mostra como é crucial saber diferenciar “o fato em si” da “opinião que criamos sobre esse fato”. Segundo Pétry, temos uma necessidade quase incontrolável de reduzir tudo o que acontece conosco a ponto de conseguir enquadrar esses acontecimentos à nossa compreensão. Esse hábito faz com que nossa interpretação do mundo seja limitada. Ao invés de expandir nossa compreensão com as experiências da vida, reduzimos as experiências da vida a nossa compreensão. “A opinião sempre é uma interpretação da realidade, e não a realidade em si. Quando confundimos a realidade com a opinião que temos da realidade, nos desviamos da própria realidade.”, ele escreve.

7. Memória Implícita - Nossas convicções, que compõe o que o autor chama de memória implícita, sabotam e bloqueiam nosso poder de escolha. O autor nos diz que nosso estado presente é a manifestação física das nossas convicções. Se quisermos mudar os resultados, precisamos mudar nossas convicções. Essa é a única forma possível de mudança.

8. Vida e condição de vida – O autor nos orienta a separar nossa “vida” da nossa “condição de vida”. Vida é nosso eu mais profundo e, condição de vida, são as circunstâncias que envolvem esse “eu” num determinado momento. Segundo o autor, temos uma tendência de mesclar os dois, e isso nos impede de agir sobre a condição e mudá-la. Por exemplo: para uma pessoa que não tem dinheiro para pagar o aluguel, muitas vezes, a tendência é confundir essa situação com sua própria identidade, e ao invés de agir sobre essa condição, a pessoa foge dela, escondendo-se, para preservar sua identidade. Ela se sente fracassada como um todo, em função de uma condição isolada e temporária.

9. Poder de escolha e responsabilidade – Essa talvez seja a parte do livro mais polêmica e difícil de aceitar, mas ao mesmo tempo, parece ser a mais importante. Nós realmente somos livres para escolher nosso destino? Ao contrário de inúmeros filósofos e autores contemporâneos, Pétry, através de exemplos práticos, nos diz que sim: nós temos poder de escolha sobre nossas ações. Essa afirmação cria outro problema: se temos o poder de escolha, isso quer dizer que escolhemos as condições de vida em que nos encontramos? Pétry também diz que sim. Porém, ele explica que nossas escolhas acontecem de duas formas: automática ou voluntária. Quando não temos consciência sobre esse processo, nossas escolhas sempre são feitas pelos nossos padrões mentais, nesse caso, nossa escolha é uma reação padronizada que ocorre inconscientemente. Uma vez que nos tornamos conscientes desse processo, podemos assumir o poder sobre nossas escolhas e fazê-las voluntariamente, de acordo com nosso propósito. Isso nos leva para um terceiro problema: o da responsabilidade. Se nós escolhemos nosso destino, então somos responsáveis pelos nossos resultados. Se admitirmos isso, admitimos, por consequência, que temos condições de mudar e construir os resultados que quisermos.

10. Descobrir nossa paixão - Quando você desenvolver sua paixão irá notar que não haverá mais competitividade externa. A única coisa com a qual você terá que competir será você mesmo. Quando isso acontecer, diz o autor, verá que ninguém poderá derrotá-lo, exceto você mesmo. É exatamente isso que Pétry defende: nós somos nossos maiores inimigos.

11. Diferença entre emprego, carreira e vocação - Quando uma pessoa tem um emprego, trabalha pelo salário, desenvolve uma atividade pelo dinheiro. Carreira é um emprego com metas, objetivos e propósito. Numa carreira, o trabalho ainda é motivado pela remuneração, mas outros fatores como ambição, status e poder também a estimulam. Vocação, ao contrário, é atender um chamado interior. É descobrir e desenvolver nossos pontos fortes. Segundo o autor, uma pessoa pode tornar-se competente em quase tudo, mas ela não pode se tornar genial fora da área onde está seu talento natural. Ninguém consegue atingir a genialidade num emprego ou numa carreira. “É possível ter um emprego ou uma carreira medíocre. Mas não é possível ser medíocre quando se atua sobre o talento natural”, ele escreve.

12. Os cinco níveis da genialidade – Segundo o autor, todos nós temos uma genialidade que podemos desenvolver.

Profissional competente – Aprimorou um tipo de atividade com experiência, prática e conhecimento, mas ignorou seu talento.

Profissional de sucesso – É um profissional competente que estabeleceu sua atividade sobre seu talento, paixão e renda.

Líder – É um profissional de sucesso que aprimorou técnicas de relacionamento e possui uma posição ideológica definida e outras pessoas o seguem por interesse ideológico.

Mestre – É um líder que lidera com exemplos. Está sempre em busca da verdade. Suas ações influenciam e inspiram outras pessoas, que o seguem por dedicação autêntica.

Gênio – É um mestre com uma causa específica. As pessoas não apenas o seguem, mas tem um desejo autêntico de participar e contribuir com sua causa.

13. O poder da percepção – Pétry também nos ensina como nossa mente se relaciona com o passado, presente e futuro. Isso é muito importante porque, segundo o autor, o passado, composto pelas convicções e crenças, quase sempre se impõe sobre nossas escolhas do presente e influencia nossos resultados futuros. O autor mostra como podemos nos libertar do passado e projetar o futuro no presente. O presente é uma repetição do passado e o futuro será uma repetição do presente. Ele nos mostra como quebrar esse ciclo e projetar o futuro no presente sem a influência negativa dos eventos do passado.

15. Poder da Visualização – O autor diz que temos três fatores: memória(passado), percepção(presente) e visualização(futuro). De todas elas, a visualização é a mais importante e a menos praticada.

16. Diferença entre visualização e fantasia – Muitos de nós temos a ideia de que desejar algo com certa intensidade é o mesmo que visualização. Queremos impor certo otimismo diante das situações mais difíceis, mas nos esquecemos da árdua tarefa de encarar o que o autor chama de “a realidade dos fatos”. Queremos mudar, mas não queremos agir. Queremos vencer, mas não queremos lutar, sofrer e nos expor a riscos. Esse é um erro muito comum. Como também é um erro comum confundir o que deveria ser um propósito definido, com nossas vagas fantasias. Ignoramos a diferença crucial que separa os dois.

17 – Quatro motivos pelos quais fantasiamos: Quando fantasiamos, ignoramos todas as evidências e acreditamos naquilo que queremos acreditar. Fantasiar ou desejar coisas melhores fora da consistência de nossa realidade é uma atividade inútil e quase sempre prejudicial. A imaginação, quando não usada para um propósito específico, pode criar conforto e bem-estar temporário, mas que resultará em angústia e sofrimento inevitável no futuro.

- Conforto- Quando fantasiamos sobre o futuro, imaginamos dias melhores do que o presente. Fantasiar sobre o futuro pode fazer o presente tolerável. Não fantasiamos porque esperamos que essa fantasia se realize, mas porque, ao fantasiar, fugimos da realidade em que nos encontramos e abrimos uma pequena janela pela qual vislumbramos uma alegria momentânea

- Esperança- Assim como fantasiamos sobre o futuro, também fantasiamos que essa fantasia talvez possa se tornar realidade. Não só gostamos de fantasiar, como também fantasiamos sobre a possibilidade de alguma força fora da nossa compreensão ser capaz de transformar essa fantasia em realidade. Acreditamos que tudo vai dar certo, mas não nos empenhamos para fazer com que isso de fato aconteça.

- Controle – Fantasiar uma realidade diferente no futuro nos dá uma sensação de controle no presente. Se soubermos o que acontecerá, estaremos no controle. Por isso geralmente separamos as coisas positivas e nos apegamos a elas. Essas fantasias são os salva-vidas que nos mantêm flutuando no presente, mas não nos dão poder de tomar o curso da nossa vida.

- Precaução – Da mesma forma como fantasiamos sobre um futuro colorido, também projetamos um futuro negro. Ao projetar o pior, justificamos nossa falta de ação e conseguimos viver com isso. Depois, usamos essa projeção negativa para comparar com a nossa situação presente. “Poderia ser pior” é o chavão que usamos nesses casos.

18. Diferença entre mudar e transformar – A transformação sempre é melhor do que a mudança. Mudar significa incrementar uma situação que já existe, melhorando-a. Transformar significa criar uma realidade diferente a partir de uma nova possibilidade. A mudança sempre surge de um processo comparativo, enquanto a transformação surge de um processo criativo.

19. A influência das relações – Ninguém consegue nada sozinho. Muito do que somos pode ser expresso pelas nossas relações. Pessoas que você atrai na sua vida não são determinadas pelo que você quer, mas pelo que você é. Analisando a vida de Steve Jobs, Pétry nos mostra como ele, sem Steve Wozniak, Edwin Catmull, John Lasseter, Tony Fadell e Jonathan Ive, não seria o gênio que conhecemos. “As grandes invenções são sempre o resultado de redes de pessoas trabalhando em colaboração, em diferentes estágios, durante anos”, ele afirma. Pétry nos mostra que pessoas como Jobs, Thomas Edison, Darwin e o próprio Einstein são muito mais maestros que conduzem as experiências que levam a descobertas e a criação de coisas grandiosas do que os descobridores em si.

20 – O princípio da ordem espontânea – O autor usa inúmeros exemplos, como a penicilina, a composição do DNA, e a criação do Facebook para mostrar que muito do que pensamos ser sorte, na verdade é o resultado de um princípio que ele chama de “ordem espontânea” em ação. Dois fatores compõem esse princípio: Acidentes positivos – quando aquilo que buscamos se manifesta imprevistamente; e a regra da coerência – que é o efeito que um fator produz sobre outro.

21 – Cinco fatores que afastam as pessoas do Princípio da Ordem Espontânea:

Tentativa e erro – Nosso despreparo para lidar com fracassos temporários.

Falta de foco – não saber o que queremos da via

Busca de estabilidade – O medo causado pela insegurança de tentar o novo.

Falta de persistência – nossa incapacidade de persistir durante o tempo necessário.

Falta de consistência – nossa incapacidade de nos adaptar a realidades distintas, mantendo nosso propósito.

22 – Qual o segredo da persistência – O autor nos diz que o segredo da persistência está no sentido que está por detrás do propósito que temos na vida, e não no propósito em si. “Se, por exemplo, você possui o desejo de atingir um propósito, mas não existe um sentido por detrás desse propósito que o alimente, você irá desistir no primeiro obstáculo ou oposição que enfrentar. A felicidade sempre está no sentido, e nunca no propósito em si.

Hotmail - selzyalvesquinta@hotmail.com

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