CRM
Equipamento de esterelização com lixo
Risco de infecção hospitalar considerável no PSM de Várzea Grande
As condições de atendimento ao público no Pronto Socorro de Várzea são sub-humanas. Há problemas de toda ordem para serem solucionados dentro da unidade, segundo relatório do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) definiram, que realizou uma vistoria de surpresa ao local na última quinta-feira, 19. Para se ter uma idéia o equipamento usado para esterilização de equipamentos médicos, chamado de autoclave, corre o risco de incendiar-se. Segundo o coordenador de fiscalização do CRM-MT, Pedro Crotti, o equipamento se encontra em uma área inapropriada.
Mais que isso! A central de esterilização de material não obedece às normas legais de funcionamento. Há cruzamento e materiais sujos e limpos e não há barreira física para a autoclave. Há inúmeros materiais (como colchões e outros) de forma inadequada e com risco de incêndio”, explicou. Em outras palavras, quem adentra o OS está exposto a problemas como infecção hospitalar.
O reduzido número de leitos e as condições de higiene em todos os setores também preocuparam os conselheiros. “Os pacientes internados em observação esperam os resultados de exames nos corredores e aqueles que deveriam estar na sala de emergência estão alocados em espaço que não possui médico plantonista e abriga nove poltronas e sete camas, praticamente sem espaço entre um leito e outro, com pacientes de ambos os sexos, de todas as idades (inclusive menores de idade), sem condições de higiene, sem enfermeira presencial, com apenas dois técnicos em enfermagem”, observou a presidente do CRM-MT, Dalva Alves das Neves.
Segundo o relatório do CRM, há um único banheiro para atender a todos os pacientes da emergência, incluindo a limpeza e higienização inicial dos pacientes politraumatizados. Os corredores de circulação dentro do centro cirúrgico acomodam pacientes já operados, que estão colocados em macas, por falta de vagas nas enfermarias.
Ainda de acordo com o levantamento, não há sala de reanimação de recém-nascido, sendo a mesma feita dentro de uma das salas cirúrgicas, de forma improvisada, sem equipamentos e condições mínimas de segurança. “Segundo informações da enfermeira, as salas de pré-parto, parto normal e parto cirúrgico ainda não estão prontas (após a reforma), aguardando materiais e equipamentos”, informou Dalva.
As condições precárias para exercício do ato médico e os salários atrasados são apontados como os principais motivos para possível greve dos profissionais de saúde. Segundo a presidente do CRM-MT, os médicos confirmaram paralisação a partir de 01º de fevereiro.
“Mesmo em greve, 40% da equipe vai continuar trabalhando, pois os atendimentos de urgência e emergência não pode ficar paralisados. O médico sabe de suas obrigações e as cumpre, porém o poder público não cumpre com o dever de dar condições dignas de trabalho e pagamento de salário em dia. Os médicos temporários informaram que vão pedir demissão”, pontuou Dalva.
Fonte: 24 Horas News
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