Por João B. Silva (João Maguila)
É terrivelmente doloroso escrever mais uma vez sobre o coma que vive a saúde pública em nosso município.
Desgraçadamente, a desfaçatez dos assaltantes dos cofres públicos que ignoram o sofrimento do povo que amarga, dez, doze horas de espera no PA e na maioria das vezes não recebem o atendimento e tem que voltar pra casa e suportar a dor ou buscar a automedicação ou ainda buscar uma consulta com os atendentes de balcão nas farmácias da cidade.
Nos PSFs a situação é a mesma, quem precisa de atendimento tem que chegar antes das 3 horas da madrugada e corre o risco de não ser atendido.
Enquanto isso os patifes vivem aquartelados sangrando o dinheiro que deve ser destinado ao tratamento de pessoas desassistidas numa verdadeira festa escancarada de rugas e velhice desoladoramente decrépita dos ladrões oficiais.
Exigir cadeia para esses corruptos é o mínimo que se pode pedir.
Mas é pouco. Muito pouco.
Num momento de indignação, revolta, desassossego e até desespero diante de tanta bandidagem, o sentimento (e a formação) democrático do pôster vai pro espaço quando ele imagina uma punição radical e heterodoxa para esse tipo de gatunagem. Chegamos a pensar que no Brasil deveria ser instituída a pena de morte, formar um pelotão de fuzilamento para abater os “vampiros corruptos” que roubam o dinheiro da Saúde. Embora no Brasil exista pena de morte, mas pena de morte somente nas mãos dos bandidos que matam as pessoas de bem, que a meu ver deveria ser contrario.
Em um discurso inflamado o deputado Estadual Dilmar Dal’Bosco, diz que o governo federal mente que a saúde do estado de Mato Grosso está mal, no entanto esqueceu-se de cobrar uma punição aos sanguessugas do estado, entre eles ex-prefeitos, ex-deputados e outros que foram denunciados.
Em Sinop, as unidades de saúde transformaram-se em um verdadeiro circo dos horrores. Existem tantos gatunos da saúde pública no Brasil fustigando o bem estar social com seus atos criminosos de desvio dos recursos governamentais, barbarizando o equilíbrio emocional de famílias vitimadas com diversos tipos de males, tungando um dinheiro que poderia estar aliviando dores, esticando o tempo de vidas humanas.
Na fila de fuzilamento, para a História marcar esses tempos sombrios da cultura do roubo institucionalizado com a indelével determinação, de num futuro próximo, isso não ocorrer nunca mais.
Assim como saudamos a campanha “Brasil: Tortura, Nunca mais!”, nos anos recentes parafrasear um novo modelo de democracia “Corrupção, nunca mais!”, ecoaria nos espíritos e corações brasileiros.
A agressividade do texto é incontrolável porque as vítimas do roubo em escala industrial são indefesas pessoas, portadoras de todo tipo de patologias, muitas buscando um pouco de qualidade no alongamento estreito do tempo de vida; outras, em fase de seguro restabelecimento, enquanto a maioria nem sabe ainda o que a doença está lhes reservando.
Essa ladroagem institucionalizada patrocinada por mentores da decomposição moral de Sinop precisa acabar, e só acabará com decisões firmes do povo, do Ministério Público e do Judiciário.
Mas a maioria dos membros daqueles poderes - disso não duvidamos; só abdicariam dos conhecidos “jeitinhos jurídicos” se suas famílias dependessem do serviço de saúde pública, para sentir na alma o quanto dói ver alguém se dedicar anos pela sobrevivência, sem encontrar apoio do Estado.
Definitivamente, ainda convivemos num país com autoridades cúmplices de corruptos juramentados. Uma prova disso é o constante adiamento no STF no julgamento da lei “ficha limpa”.
Nosso país já passou pela escravidão, pelo coronelismo, pela ditadura e infelizmente agora estamos vivendo o período mais negro da corrupção, pois até mesmo os “homens de negras capas” estão atolados até o pescoço neste mar fétido.
HONRA A QUEM TE HONRA
Muito embora ESTEJA DIFICIL ACHAR ALGUÉM PARA HONRAR.
Por João B. Silva (João Maguila)
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