A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu, na Justiça, a devolução de R$ 564,8 milhões aos cofres públicos, que serão cobrados de 10.848 servidores da Polícia Federal. A quantia se refere a um reajuste salarial de 84,32% concedido por força de uma liminar obtida pelo Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Goiás e Tocantins e da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) na década de 1990, sob alegação de supostas perdas provocadas pelo Plano Collor. O valor a ser restituído por policial, em alguns casos, ultrapassa R$ 380 mil. Entretanto, a cobrança é questionada pela categoria, que conseguiu suspender o desconto nos contracheques até que se homologue a quantia exata a ser restituída.
A decisão favorável à União, em 1ª instância, foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O procurador-chefe da Procuradoria da União em Goiás (PU-GO), Celmo Ricardo Teixeira da Silva, informou que os salários com a incorporação do reajuste indevido foram pagos pelo período de um a oito meses, mas a Fenapef questiona essa afirmação. A entidade diz que, na verdade, foram pagos por três a cinco meses. Teixeira da Silva disse ainda que, agora, a discussão é sobre como o ressarcimento será realizado, já que cerca de 100 servidores discordaram do desconto em folha.
Caldeirão Político
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