Sepultamento aconteceu no Cemitério da Piedade, no Centro da capital. Colunista do jornal "O Globo" morreu na quarta-feira (14), aos 63 anos.
Corpo de jornalista foi sepultado na tarde desta quinta-feira (Foto: André Souza/ G1)
Foi enterrado na tarde desta quinta-feira (15), no Cemitério da Piedade, no Centro de Cuiabá, o corpo do jornalista Jorge Bastos Moreno, de 63 anos. Colunista do jornal "O Globo", ele morreu no início da madrugada de quarta-feira (14), no Rio de Janeiro, devido a um edema pulmonar decorrente de complicações cardiovasculares.
Antes do enterro, familiares e parentes fizeram preces e discursos em homenagem ao jornalista.
A sobrinha dele, Vanessa Moreno, disse que o momento é de tristeza e que a falta dele é irreparável. "A bondade dele é reconhecida em todo lugar. Nossos corações estão em luto", disse.
O caixão chegou ao cemitério às 13h45. O corpo foi enterrado sob aplausos por volta de 14h, em um jazigo familiar.
Carlúcia Pereira trabalhou com Moreno durante 24 anos (Foto: André Souza/ G1) |
Carlúcia Pereira, que trabalhou durante 24 anos com Moreno e era considerada sua fiel escudeira, estava muito abalada no sepultamento. "Ele era um homem muito bom, lindo por dentro e por fora", declarou.
O corpo do jornalista foi velado na quarta-feira na cidade do Rio de Janeiro, onde ele viveu por 10 anos, e nesta quinta-feira em Cuiabá, sua cidade natal. Jorge Bastos Moreno foi um dos principais repórteres de política do Brasil.
Caixão com o corpo do jornalista Jorge Bastos Moreno chega ao Cemitério da Piedade, em Cuiabá. (Foto: André Souza/G1) |
Na capital mato-grossense, o velório começou às 02h20 da madrugada, na Capela Jardins, e se estendeu até por volta das 13h. Familiares, amigos e políticos foram até o local para se despedir do colunista.
O governo de Mato Grosso decretou luto oficial de um dia.
Jorge Bastos Moreno (Foto: Leo Martins / Agência O Globo) |
Trajetória
Nascido em Cuiabá, no dia 23 de abril de 1954, Moreno foi morar em Brasília ainda na década de 1970. Lá, estudou jornalismo na Universidade de Brasília e começou a trabalhar como repórter.
Um dos mais respeitados repórteres de política do Brasil, Moreno nasceu em Cuiabá (MT) e foi morar em Brasília na década de 1970. Começou a trabalhar no O Globo em 1982. Dois anos depois, saiu do jornal para trabalhar na revista Veja, mas voltou para o jornal impresso em 1985.
Em 1989, saiu novamente do O Globo, também por um ano, para trabalhar na campanha de Ulysses Guimarães à Presidência. Voltou ao jornal em 1990, onde trabalhou até o dia de sua morte.
O primeiro grande furo de reportagem do jornalista foi no “Jornal de Brasília”: a nomeação do general João Figueiredo como sucessor do general Ernesto Geisel. Outro foi a revelação de que um Fiat Elba, de propriedade do então presidente Fernando Collor, tinha sido comprado pelo "fantasma" José Carlos Bonfim. A publicação da reportagem foi fundamental para selar o destino de Collor, que viria depois a enfrentar um processo de impeachment.
Furo do jornalista Jorge Bastos Moreno publicado no jornal 'O Globo' sobre esquema de corrupção no governo Collor (Foto: Reprodução/O Globo) |
O jornalista venceu o Prêmio Esso de Informação Econômica de 1999 com a notícia da queda do então presidente do Banco Central Gustavo Franco e a consequente desvalorização do real. O prêmio é um dos mais importantes do jornalismo brasileiro.
No fim da década de 1990, Moreno estreou sua coluna de sábado no jornal O Globo. Publicada até o último sábado (10), o espaço passou há alguns anos a ter o nome do próprio Moreno. E, desde o dia 10 de março, comandava o talk show "Moreno no Rádio", na CBN, às sextas-feiras à tarde. Era também o âncora do programa "Preto no Branco", do Canal Brasil, e fazia participações frequentes na GloboNews.
Também em março deste ano, lançou o livro “Ascensão e queda de Dilma Rousseff”. Escreveu também "A história de Mora – a saga de Ulysses Guimarães", lançado em 2013.
Da G1 MT
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