Da Redação
O último foragido da Operação Asafe, o advogado Max Weiser Mendonça de Oliveira, deverá se apresentar ainda na tarde desta quarta-feira a Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso. O advogado de Max já teria entrado em contato com o delegado da Polícia Federal, Carlos Eduardo Fistarol.
Segundo as informações, Max estava em Minas Gerais visitando parentes quando foi expedida sua prisão temporária. Ele soube do pedido na noite de ontem.
Após ser detido, Max, assim como outros advogados deverá ser encaminhado ao 3º Batalhão da Polícia Militar, após prestar depoimento. Todos ficarão detidos por mais quatro dias, podendo ser prorrogado por mais cinco.
A Operação Asafe foi desencadeada ontem pela Polícia Federal a pedido do Supremo Tribunal de Justiça. Eles investigam uma denúncia de venda de sentenças no âmbito do Tribunal de Justiça e do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso.
Até o momento, oito pedidos de prisão temporária já foram cumpridos. Além disso, vários mandados de prisão foram realizados em escritórios de advocacia e na residência de advogados e magistrados. Várias pessoas, incluindo desembargadores e ex-prefeitos, foram convocados para prestarem esclarecimentos.
Nas apreensões feitas pela PF, embora sejam sigilosas, teriam encontrado claros sinais de comercialização de sentenças em Mato Grosso. O suposto esquema teria beneficiado políticos cassados e também integrantes do crime organizado.
Gravações telefônicas feitas também mostrariam interlocutores oferecendo sentenças. O escândalo deve ser revelado em nível nacional numa ampla reportagem que está sendo preparada por uma emissora de rede.
Depoimentos
Hoje, a Polícia Federal pretende colher o depoimento de mais seis pessoas. Ao todo, cerca de 40 pessoas foram intimadas a prestarem esclarecimento.
Hoje pela manhã, o filho do desembargador aposentado Donuto Fortunato Ojeda, Fernando Ojeda, foi ouvido sobre as denúncias. O ex-magistrado, que recentemente se aposentou do Tribunal de Justiça, está internado num hospital particular de Cuiabá após ter passado mal ao ter a casa invadida pela PF em busa de documentos.
Outro que prestou esclarecimentos na sede da PF em Cuiabá foi o advogado Tarcísio Camargo. Ele chegou a trabalhar no mesmo escritório que a advogada Celia Cury, esposa do ex-desembargador Tadeu Cury e que está presa por suposto envolvimento no esquema, mas negou qualquer participação.
Veja lista dos presos:
Rodrigo Vieira - Advogado
Célia Cury - Advogada e esposa do ex-desembargador Tadeu Cury
Alcenor Alves de Souza - Advogado e ex-prefeito de Alto Paraguai
Alessandro Jacarandá - Advogado
Jarbas Nascimento - Advogado e ex-chefe de gabinete de Tadeu Cury no TJ
Cláudio Emanuel Camargo - Empresário e genro de Tadeu Cury
Santos de Souza Ribeiro - Integrante da Maçonaria
Ivone Siqueira - Esposa de advogado
O Documento
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