O juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal, expediu nesta segunda-feira 18 novos mandados de prisão para serem cumpridos pela Polícia Federal contra pessoas investigadas no esquema de fraudes na concessão de licenciamentos e autorização de desmatamentos, até mesmo no interior de áreas protegidas, como Terras Indígenas; disponibilidade de créditos florestais fictícios, e ainda transporte, processamento e comercialização de produtos florestais pelas serrarias e madeireiras. Os pedidos de prisão foram solicitados pelo Ministério Público Federal, mas, por erro material, acabaram não constando as respectivas ordens de prisão.
Entre os nomes está o de Antônio Carlos Azóia, genro do deputado José Riva (PP), presidente da Assembléia Legislativa, que havia sido preso na sexta-feira, sem um mandado de prisão específico. Ele chegou a ser libertado ainda na noite de segunda-feira, mas agora terá que retornar a prisão. O mesmo procedimento foi atribuído à prisão de Benedito Rosemil da Silva.
Tiveram ordem de prisão decretada pelo juiz federal: Wilson Antônio Rosseto, Ricardo Mastrangelli, Hildebrando José Pais dos Santos, Adenir Rodrigues Augusto, José Alberto Liso, Marcelo de Mendonça Garcia, Marcos Bezerra de Araújo, Mauro Aparecido Puglieri, Roberto Prado de Alencar, Ruth Prazeres da Silva, Vivaldo Vieira Cintra Neto, Alcides João Rochembach, José Vital Lembrance, José Paulo Leite de Abreu, Jandir João Bernadon e Thiago Egydio Erreiras Lopes.
Outro nome que havia ficado de fora e que teve prisão decretada nesta segunda-feira pelo magistrado federal foi o empresário Marcos Zanchet.
Em entrevista nesta segunda-feira à TV Centro América, Julier Sebastião da Silva garantiu que autoridades não foram grampeadas durante a Operação, rebatendo o argumento de advogados de defesa sobre o foro privilegiado de alguns suspeitos e da incompetência da Justiça Federal em decretar as prisões. "Não foi grampeada nenhuma autoridade com direito a foro por prerrogativa. O que parece que aconteceu é que autoridades com foro privilegiado acabaram ligando para investigados submetidos à interceptação telefônica" – disse.
Um dos trechos apresentados na peça que deu origem à decretação das prisões aparecem gravações como a do ex-governador Blairo Maggi e do deputado federal Eliene Lima. Outro que aparece “grampeado” foi o próprio deputado Riva.
As fraudes ambientais detectadas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal causaram um prejuízo médio de R$ 1,5 mil por dia. "Pela primeira uma investigação policial conseguiu identificar, do ponto de vista financeiro, o prejuízo estimado entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão. O crime estava gerando, mais ou menos, em torno de R$ 1.500 por dia de prejuízo ao erário público e ao meio ambiente", disse o magistrado. Ele observou que havia fundamentos com base em provas da Polícia Federal e Ministério Público Federal para acatar todos os pedidos de prisão, à exceção de uma mulher investigada. "Os pedidos foram acolhidos com base nas provas produzidas pelas investigações ao longo de dois anos pela Polícia Federal".
Primeira lista
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Comentários:
Curioso - 25/05/2010
Só por curiosidade, deveriam colocar o RG dessa galera, para sabermos as origens dessas pessoas. Será que são todos matogrossenses mesmos?????
O Pescador - 25/05/2010
Até quando vão desmatar até dentro dos rios, sem que sejam multados condenados e o meio ambiente reparado? Veja que todos serão soltos por alegarem serem inocentes, ou réus primários. Ma so prejuizo nunca será reparado. Acho que tem usina que foi autorizada por baixo dos panos. Ninguém da área federal vai ser investigado? Como fazer usina no Rio Telles Pires sem que sejam ouvidas as etnias ribeirinhas? É inconstitucional, mas tá saindo do papel mais uma usina. Os rios daqui morrerão como morreram os de lá!
Klaus - 25/05/2010
É a justiça absolveu como no despacho, por falta de provas incontestáveis, mas provas existem e com certeza a consciencia desses engenheiros florestais da falcatrua e Deus sabe a verdade e nós engenheiros florestais sabemos que camionetes HPE, lanchas, ostentação a maioria é de fraudes como essa QUE BOM AGORA OS ENG FLORESTAIS HONESTOS TERÂO SERVIÇOS...
carlos almeida - 24/05/2010
Olha, até que enfim deram cabo a esta multidão de calhordas, ladrões de casaca. É fácil ficar milionário, desfilar de carrão, fazendas lotadas de gado, avião, farra em boates. Enfim um juiz federal macho. Cabra bom de serviço. Falta agora colocar êsses vagabundos para carpir rua.
Magno Alves - 24/05/2010
NÃO TO AQUI PRA INOCENTAR NINGUEM, MAS QUE MUITOS ABUSOS SÃO COMETIDOS POR ESSES JUIZES É FATO. ALGUEM SE LEMBRA DO SR. DIRCEU BENVENUTTI, UM EXEMPLO CLASSICO DE ARBITRARIEDADE POR PARTE DESTE JUSTIÇA. ALGUEM SABE O QUE ACONTECEU, NÃO. POIS ESSAS NOTICIAS NÃO SÃO VINCULADAS EM TODOS OS JORNAIS E SITES DE NOTICIAS. POIS BEM SEGUE A DECISÃO DA JUSTIÇA NOTICIADO PELO JORNAL MTTV 2 EDIÇÃO DE SEXTA PASSADA: Engenheiro é absolvido da condenação por crimes ambientais (TVCA). O engenheiro florestal Dirceu Benvenutti foi absolvido da condenação de envolvimento em crimes ambientais, que pesavam contra ele, da operação curupira. A decisão é do Tribunal Regional Federal. Em 2006, Benvenutti foi condenado a 2 anos e 8 meses por corrupção ativa no esquema de falsificação de autorização de transporte de produtos florestais. De acordo com o TRF não há provas suficientes e incontestáveis de que o empresário tivesse praticado o crime. E AGORA, QUEM VAI PAGAR O PREJUIZO EMOCIONAL, A HUMILHAÇÃO, A DESESTRUTURAÇÃO FAMILIAR POR ESTE ERRO GRAVE COMETIDO POR ESSES JUIZES E POLICIAIS, CONTRA ESTE PROFISSIONAL HEIN....
Fonte: 24 Horas News
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