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quarta-feira, março 30, 2011

Governo muda modelo de gestão da Agecopa que terá "presidente com amplos poderes"

Após se reunir por cerca de três horas com os deputados estaduais na manhã de ontem no palácio Paiaguás, o governador Silval Barbosa (PMDB) definiu profundas mudanças na Agecopa (Agência de Execução dos Projetos da Copa no Pantanal). Um projeto de lei apresentado pelo deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) no início deste mês propôs mudanças estruturais na agência.

Segundo Silval Barbosa, o modelo de gestão da Agecopa deixará de ser colegiado passando para "presidencialista e executivo". Ou seja, as decisões administrativas deixarão de terem que ser tomadas em consenso pelos sete diretores e, a partir de agora, o presidente será o gestor sendo auxiliado por outros seis diretores.

O governador peemedebista não confirmou a manutenção do diretor de Planejamento da Agecopa, Yenes Magalhães, que exerce a presidência interina do orgão desde o pedido de demissão de Adilton Sachetti. "Não tenho ainda opinião formada sobre isso. Por enquanto, o Yenes continua", declarou, após o encontro.

Silval Barbosa confirmou que o Estado irá investir R$ 1 bilhão através de recursos próprios para a realização da competição em junho de 2014. Durante o encontro, chegou a ser debatido a divisão dos recursos por áreas.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva, citou que a Agecopa prestará contas dos gastos ao Legislativo a cada quatro meses. O mandato dos diretores será mantido até o final da Copa, em 2014, e só serão sabatinados novamente em caso de mudanças.

Riva sugeriu que a Agecopa tenha um novo presidente. "A Agecopa precisa de um presidente que tenha condições de trabalhar e tenha firmeza em suas decisões", assinalou.

Nos bastidores do palácio Paiaguás, especula-se que o secretário-chefe da Casa Civil, Éder Moraes, seja remanejado para o comando da "nova" Agecopa. No lugar dele na Casa Civil, assumiria o deputado estadual Mauro Savi (PR), ex-líder do Governo.

Outros assuntos

Também na reunião de hoje, o governador debateu outros assuntos polêmicos com parlamentares como por exemplo a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as concessões de licenças para exploração de PCH´s (Pequena Central Hidrelétrica) e também uma auditoria na Secretaria de Educação. "Quando é para fiscalizar de fato não tenho preocupação até porque os deputados estão exercendo o papel para o qual foram eleitos", considerou Silval Barbosa.

por CLÁUDIO MORAES

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