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segunda-feira, março 14, 2011

Governo reinicia buscas por desaparecidos da Guerrilha do Araguaia

Grupo vai entrevistar pessoas contemporâneas à ditadura para colher pistas

Do R7

Mapa do Ministério dos Transportes

Mapa do Ministério dos Transportes

Círculo no mapa mostra região da Guerrilha do Araguaia

O Ministério da Defesa reiniciou o trabalho de procura dos restos mortais de pessoas desaparecidas na Guerrilha do Araguaia, movimento formado no início da década de 1970, em resistência à ditadura militar (1964-1985). Integrantes do GTT (Grupo de Trabalho do Tocantins), criado pelo ministério, já iniciaram as entrevistas com pessoas das regiões do sudeste do Pará e norte de Tocantins.

A procura é por pessoas que vivenciaram o período da guerrilha e que podem ter alguma informação que leve ao local de sepultamento dos desaparecidos. Essas entrevistas são importantes para orientar os trabalhos de exploração de campo que terão início ainda este ano após o término da estação chuvosa na região.

Enquanto entrevistas são realizadas e novas áreas de exploração são identificadas, os peritos do IML-DF (Instituto de Medicina Legal do Distrito Federal) e da Polícia Federal analisam os restos mortais já levados para Brasília, buscando identificar se tratam-se ou não de desaparecidos do Araguaia. O material sob análise encontra-se guardado no Hospital Universitário de Brasília, administrado pela UnB.

A previsão de retorno para os trabalhos de exploração de campo (equipe técnica – Geologia e Antropologia), bem como dos demais integrantes do Grupo de Trabalho está prevista para o maio de 2011.

O GTT foi criado pelo Ministério da Defesa em 29 de abril de 2009 com o objetivo de dar cumprimento à sentença proferida da 1ª Vara Federal de Brasília. A ação determinou que a União deve tentar encontrar os restos mortais dos familiares e militares mortos na Guerrilha do Araguaia, episódio ocorrido há cerca de 40 anos na região. Também determinou que se procedam ao traslado das ossadas e ao sepultamento dos restos mortais em local a ser indicado pelos familiares.
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