O que existe de aposentadoria milionária em Mato Grosso é um espanto. Sem citarmos a herança maldita que a divisão do Estado safadamente foi deixada para nós.
Pois bem, não precisamos ser matemáticos ou contadores para imaginarmos o que vem por ai, em futuro não sabido, incerto, porém próximo. Basta raciocinarmos que dez reais não dá para pagar débito de vinte.
Até agora, os governos tem levado na barriga as aposentadorias de Mato Grosso. Ocorre que a corrida da sede pelo pote d'água trincou o pote.
Tenho um velho conhecido que se aposentou no período militar de 64 com apenas trinta anos de idade, de alto escalão salarial e não foi por invalidez.
Exerceu outras funções e conquistou outras aposentadorias que se anexaram no seu contracheque. E o Estado pagando. Desesperados poderes correram para reconquistarem o tempo perdido no regime militar e tai no que está acontecendo.
Salários altíssimos que os condôminos já não conseguem cobrir as despesas do condomínio-MT e já sacodem os síndicos pelo colarinho. O motivo é o aumento de impostos para pagar essas exceções exageradas de membros dos três poderes, poderes agregados, heranças malditas, pensões e a aflita eternidade da extensão dessas aposentadorias milionárias que passam do pai, para a mulher, para a amante, filhos delas, e, inclusive, para os netos que recebem até hoje...
Mato Grosso está retornando aos velhos tempos em que determinadas classes de funcionários estendiam suas aposentadorias até para a filhas solteiras e, inclusive aos netos.
Por isso, o IBGE acaba de constatar que o número de solteiras cresce em MT. Ao contrário do que se imaginava como conquista feminina que se modernizou com independência absoluta, a razão é bem outra.
Tratam-se de algumas veredas de leis, normas, regulamentos secretos que poucos sabem que ainda se estendem tais aposentadorias eternas para as filhas solteiras.
Nosso receio é que haja algum movimento onde se reconheçam transsexuais operados por cirurgias de decapitação sexual passem a ser consideradas filhas solteiras e se tornem aposentadas por serem solteiros/as.
Ou seja, o cara morre e deixa um salário de fortuna para a mulher receber, as amantes receberem a parte legal, como pensões aos filhos fora do casamento, e nós pagamos tudo.
E aí surge o melhor da festa com o dinheiro nosso que é a extensão dessa parafernália que a gente nem sonhava que existia e pensava que era apenas alguns membros do TCE-MT, certos apaniguados, afilhados do sistema, alguns vices da vida, governantes de uma semana só, suplentes da vida, substitutos eventuais ou heranças malditas da divisão de Mato Grosso que se transformaram em aposentados em detrimento dos verdadeiros aposentados de MT, e sugam os nossos cofres através de seus compridos braços afoitos através de gerações, para o exercício de tal direito.
De repente, o governador fica de mãos atadas sem poder governar pois o dinheiro apenas serve para pagar os tais "aposentados". Mais de repente ainda, todo mundo percebe que os quatro sacos de dinheiro que ainda restam não conseguirão pagar nem as aposentadorias secretas deles mesmos, os tais mágicos de Oz...
E, agora José?
E olhem que há previsão para quase cinquenta mil novas aposentadorias só neste ano. É que esses viajantes do espaço, quase meio milhão de madeireiros que vieram de outras lindas plagas, transferiram seus roteiros trabalhistas para cá e, agora, querem férias eternas também, com dinheiro daqui.
Quem mais vai sofrer são os aposentados milionários de certos poderes que, nem que a vaca tussa, digo quem são...
Portanto, dentro de pouco tempo, mesmo com os governantes aumentado os impostos com mirabolantes hipnoses públicas, mágicas de ponta de rua, vai ter gente boa indo para a tranquilidade e segurança do Japão.
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E não pensem que isto só acontece aqui em MT. Vejam a matéria abaixo:
"Amazonas paga pensões vitalícias a ventríloquo, cantor e escritores"
O governo do Amazonas paga pensões vitalícias de R$ 2.000 a R$ 4.500 a sete pessoas em homenagem a serviços prestados ao Estado. Entre os beneficiados estão escritores, um cantor e até um ventríloquo.
As pensões começaram a ser pagas em 2001. A última a ser autorizada foi em abril de 2010.
Pagamentos desse tipo já foram considerados inconstitucionais em outros Estados.
O governo estadual, por meio de assessoria de imprensa, afirmou que as leis foram aprovadas pela Assembléia Legislativa.
Uma das pensões favorece o poeta Luiz Bacellar. Ele teve sua pensão oficializada em Diário Oficial por uma lei de 16 de julho de 2008, pelos "relevantes serviços prestados à cultura amazonense".
Bacellar, 82, disse que é funcionário público estadual, atuando como conservador da coleção numismática (de moedas e medalhas) do Estado.
Questionado se a aposentadoria não era pelos serviços prestados à cultura do Estado, ele disse que estava doente e que não poderia mais falar com a reportagem.
Outro beneficiado é o ventríloquo Oscarino Farias Varlão, conhecido como Boneco Peteleco. Ele foi o primeiro agraciado com a pensão, em janeiro de 2001.
Varlão, 73, confirmou o recebimento da aposentadoria: "Não fui em quem pediu isso.
Mas me apresentei em tudo que é cidade do Amazonas, para crianças e adultos e continuo trabalhando até hoje".
Colegas jornalistas não conseguiram localizar os outros beneficiários.
O Amazonas também paga pensões a três ex-governadores do Estado.
por Paulo Zaviasky
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