Mato Grosso tem mais de 903 mil quilômetros quadrados e apenas 141 municípios. Em razão desse mosaico surgem dificuldades administrativas para prefeituras às vezes distantes mais de 200 km de escolas, postos de saúde e de outras instituições sob tutela municipal.
A vastidão territorial mato-grossense e o reduzido número de cidades resultam em municípios com área superior a 20 mil quilômetros quadrados, como acontece com Colniza, Cáceres, Juara, Juína, Comodoro, Apiacás e Paranatinga. Outros, a exemplo de Poconé, Araguaiana, Brasnorte, Gaúcha do Norte e Cocalinho têm superfícies que se aproximam de 20 mil quilômetros quadrados.
Em grandes – e também em médios e pequenos – municípios existem Distritos de Paz com infraestrutura semelhante aos dos padrões urbanos mato-grossenses e que lutam por emancipação política, mas sem sucesso, porque o Estado perdeu a autonomia para criar cidades.
Distritos sufocados pela ingerência da União em Mato Grosso são prejudicados pela falta de autonomia. Enquanto isso, dependem dos municípios aos quais pertencem. Contra essa anomalia lideranças das localidades que buscam emancipação decidiram criar uma associação que as representem junto ao Congresso Nacional, onde querem ser ouvidas para que possam expor suas realidades e apresentar seus planos.
A população mato-grossense é testemunha do sucesso alcançado pelas 15 últimas emancipações municipais. Em 2001 foram instaladas as prefeituras de Colniza, Rondolândia, Santa Cruz do Xingu, Serra Nova Dourada, Bom Jesus do Araguaia, Novo Santo Antônio, Nova Nazaré, Santo Antônio do Leste, Curvelândia, Conquista D’Oeste, Vale de São Domingos, Santa Rita do Trivelato e Nova Santa Helena. Em janeiro de 2005 duas novas prefeituras foram instaladas: Itanhangá e Ipiranga do Norte.
Os 15 novos municípios contribuem para o desenvolvimento mato-grossense sendo que alguns ocupam lugar de destaque. Colniza é campeão em taxa de crescimento populacional. Santo Antônio do Leste, Ipiranga do Norte e Santa Rita do Trivelato figuram no rol dos grandes produtores de soja e milho safrinha.
A criação da associação em defesa dos distritos está prevista para a próxima semana e a mesma é apoiada pelo presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, e outros parlamentares. Tomara que essa entidade nasça forte e bem atuante; sua causa é justa e exige urgência, pois Mato Grosso tem 56 distritos à espera de emancipação.
Que a entidade consiga retirar os entraves para que localidades iguais a Veranópolis do Araguaia, Estrela do Araguaia, Brianorte, Jarudore, Japuranã, Santo Antônio do Fontoura, Ouro Branco do Sul, Boa Esperança do Norte, Paranorte, Guariba, Nova União, Capão Verde, Nova Fronteira, Nova Floresta e outras se transformem em cidades e assim possam se desenvolver. Que as lideranças dessa associação convençam Brasília que a base territorial do Brasil é o município, onde as famílias vivem, os problemas existem e o desenvolvimento acontece.
A base territorial do Brasil é o município, onde as famílias vivemDiário de Cuiabá
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quarta-feira, junho 08, 2011
Mato Grosso e seus Novos municípios
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