Uma pesquisa realizada na Austrália, pela Universidade de Queensland, desenvolveu uma nova técnica que pode revolucionar o combate ao mosquito da dengue e sua transmissão. Os cientistas descobriram que uma bactéria chamada Wolbachia pipientis pode impedir que o mosquito Aedes aegypty adquira o vírus responsável pela dengue, desta forma ele passa a não transmitir mais a doença quando pica o ser humano.
Essa bactéria é transmitida de mãe para filho, então os pesquisadores infectaram os ovos do mosquito em laboratório e em médio ou longo prazo, a bactéria se espalhará a toda a população de mosquitos. A ideia dos cientistas é espalhar os mosquitos que possuem a bactéria na natureza para que eles repassem aos demais, freando assim a transmissão da doença.
Este tipo de mecanismo já havia sido descrito anteriormente em 2009, em uma pesquisa, no entanto os resultados conseguidos com a pesquisa deste ano e que foram publicados nesta quarta-feira (24) trazem novidades importantes, que aperfeiçoaram as técnicas de combate a dengue.
Segundo pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, que participaram da pesquisa australiana, os estudos foram feitos com subtipos diferentes da bactéria. No primeiro trabalho foi atingido o resultado esperado, que era barrar a transmissão do vírus da dengue nos mosquitos. Mas, os insetos passaram a apresentar problemas em suas funções, logo seria impossível soltá-los na natureza. Na segunda tentativa, os resultados foram bons e os mosquitos ainda ficaram saudáveis e os mosquitos foram soltos no meio ambiente e conseguiram retransmitir a bactéria para os demais insetos e conseguiram frear o contagio pela dengue.
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