Por Suelzy Quinta
Há momentos em que o desespero só nos aponta o fim...
Mas o instinto da sobrevivência que existe em nós,
nos ensina na amargura, a dar valor a minúsculos momentos de prazer...
... A fazer de cada amanhecer, uma nova expectativa para viver...
Eu já sorvi muitas taças de absinto,
espasmos de dores tomavam-me em convulsões
minh'alma regurgitava lágrimas amargas que dilaceravam
as entranhas do meu corpo e coração...
Mas desenvolvi a capacidade de enfrentar meus monstros
quando percebi que eu os alimentava,
quando os acobertava por trás de uma felicidade que eu não sentia...
Eu estava a mentir para mim mesma...
Hipocrisia? Talvez...
Não que hoje, eu desande em lamúrias sobre as pessoas,
Procuro nunca incomodar com minhas tristezas...
Apenas escrevo, pois descobri na escrita, alívio p'ra minha alma, e coração...
escrevo textos que podem ser lidos ou não,
depende da apreciação e da livre escolha de cada um...
Não me preocupo se escrevo bonito, ou se agradarei a todos,
pois, as letras que formam minhas palavras,
são meus medos e angústias, que expulso do meu íntimo,
e escorregam inibidos pelas entrelinhas de poemas subentendidos,
muitas vezes sem rima e desconexos...
Mas imagino assim, que minhas dores e tormentos, são levados pelo vento,
e que perdem a força, ao serem espalhados em fragmentos,
se tornando inofensivos à minha sobrevivência...
É também na escrita que brinco com as palavras
Transparecendo verdades de meus sonhos tantos...
Vocês que me leem, se tornam parte do meu viver,
fazem meus dias mais leves, por serem meus confidentes,
por partilharem comigo minhas dores, tristezas,
e também meus sonhos, e minhas alegrias...
São como irmãos virtuais que permitem sua alma abraçar e acariciar a minha,
dando-me a força e a coragem necessária para seguir em frente
pelo caminho íngreme e tortuoso dessa vida...
Hoje meu sorriso é franco e verdadeiro,
porque muitas batalhas venci, troféus adquiri...
E mesmo em dores, sobrevivi...
Suelzy Quinta (Flor da Vida)
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