Os onze homens trabalhavam na fazenda Curralinho, em Jaraguá. Eles não tinham banheiros nem geladeira, e trabalhavam mais de 12 horas por dia.
Onze trabalhadores foram libertados de uma fazenda em Goiás, onde viviam em condições precárias. Só este ano, 140 pessoas foram resgatadas no estado.
Denúncias levaram os fiscais até a fazenda Curralinho, no município de Jaraguá, a 120 quilômetros de Goiânia. Os próprios fiscais registraram o que encontraram: trabalhadores que não tinham equipamentos de proteção para aplicar agrotóxicos na lavoura de tomate, alojamentos improvisados para dormir. Não havia também banheiros para os empregados. A água para consumo vinha de um Rio e não era tratada. No local não existia geladeira para guardar a comida. A jornada de trabalho passava de 12 horas para os 11 lavradores que vieram no Maranhão e tiveram que trabalhar, ainda, sem carteira assinada.
De acordo com o Ministério do Trabalho, as condições em que os trabalhadores foram resgatados são análogas às de escravo. Eles receberam o pagamento, inclusive dos direitos trabalhistas, e já podem voltar para casa.
De janeiro até agora, 140 trabalhadores que viviam em regime de escravidão foram resgatados em Goiás. No ano passado, foram 201. O maior número já registrado nos últimos cinco anos foi de 867, em 2008.
O superintendente regional do Trabalho diz que os donos da fazenda foram obrigados a pagar, a cada empregado, R$ 5 mil, em média.
Os responsáveis pelas irregularidades também podem ser incluídos em um cadastro nacional de empresas proibidas a prestar serviços e vender produtos para órgãos públicos, além de serem multados.
“A multa é variável de acordo com a quantidade de trabalhadores e a quantidade de itens. Nessa situação a avaliação é que supere a casa dos R$ 300 mil”, declara Arquivaldo Bites, superintendente regional do Trabalho.
Por Cassiano Rolim Goiânia, GO
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