Juíza Selma Arruda determinou prisão dos envolvidos. Onze pessoas foram presas na terça-feira
A juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, apontou em sua decisão que decretou a prisão preventiva de 11 suspeitos de integrarem uma organização criminosa acusada de esquema de corrupção através contratos de convênio com a Faespe (Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual) e empresas fantasmas, junto a órgãos públicos, que a prática de crimes é o “modo de vida” dos envolvidos. “A suposta organização criminosa faz de sua atividade principal a prática de desvios, ou seja, o crime é o modo de vidas das pessoas envolvidas”, afirmou a juíza em sua decisão.
O esquema veio à tona com a deflagração da operação “Convescote”, na manhã de terça-feira (21), que resultou na prisão dos envolvidos.
A magistrada destacou ainda que os membros da quadrilha são pessoas de “evidenciada periculosidade, no que diz respeito à expertise no trato com os contratos públicos, bem como nos contratos que mantêm com entes ligados à administração pública”, e que os presos poderiam continuar mantendo a prática de desvios de recursos públicos de dentro de casa, portanto não restou outra alternativa, se não a decretação da prisão preventiva dos acusados para a garantia da ordem pública, "até porque os convênios firmados pelos entes públicos com a Faespe ainda estão em pleno vigor e podem ser alvo da organização criminosa".
“A prisão preventiva para garantia da ordem pública é fulcrada, portanto, na necessidade e evitar a reiteração criminosa, dada a notória habitualidade com que os integrantes da organização praticam esses crimes, bem como para assegurar que o prejuízo causados aos cofres públicos não seja ainda maior, ou seja, para fazer cessar a atividade criminosa”, pontuou.
A operação “Convescote” foi deflagrada na terça-feira (20) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Foram cumpridos 11 mandados de prisão, além de quatro de condução coercitiva. Todos vão responder por crime de constituição de organização criminosa e práticas de peculato, lavagem de capitais e corrupção ativa.
Prisão preventiva:
Claudio Roberto Borges Sassioto - Servidor do Tribunal de Contas do Estado (TCE)
Marcos Morenbo Miranda - Proprietário de empresa de fachada
Luiz Benvenuti Castelo Branco de Oliveira - Proprietário de empresa de fachada
Jose Carias da Silva Neto Neto - Proprietário de empresa de fachada
Karinny Emanuelle Campos Muzzi de Oliveira - Ex-prestadora de serviço do Tribunal de Contas (TCE)
João Paulo Silva Queiroz - Proprietário de empresa de fachada
José antonio Pita Sassioto - Pai de Claudio Roberto Borges Sassioto e empresário
Hallan Goncalves de Freitas - Proprietário de empresa de fachada
Marcos Jose da Silva - Técnico Executivo do Tribunal de Contas (TCE) e marido de Jocilene Rodrigues de Assunçao
Jocilene Rodrigues de Assunção - Membro do Conselho Administrativo da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores Públicos dos Poderes Executivo e Legislativo no Estado de Mato Grosso – Sicoop
Eder Gomes de Moura - Presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Mato Grosso (Sindojus)
Condução coercitiva:
Marcos Antonio de Souza - Funcionário da Faespe
Fadia Kassin Fares Garcia - Funcionário da Faespe
José Augusto Proenca de Barros - Funcionário da Faespe
Lazaro Romualdo Gonçalves de Amorin - Funcionário da Faespe
Da Redação
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